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5 DE ABRIL DE 2013

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O Sr. Michael Seufert (CDS-PP): — … o problema é a ação e as políticas megalómanas que custaram e

continuam a custar — tem toda a razão — ao erário público e ao orçamento das escolas milhares e milhares

de euros todos os anos, porque se criou uma dívida que, como muitas outras dívidas que se criaram, vamos

ter de pagar durante muitos anos, infelizmente.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

A Sr.ª Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra a Sr.ª Deputada Ana Sofia Bettencourt.

A Sr.ª Ana Sofia Bettencourt (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Michael Seufert, queria agradecer-

lhe ter trazido hoje a debate este tema tão importante para o futuro de Portugal. Pena é que os Deputados da

oposição não tenham estado à altura do debate e do tema que hoje nos trouxe.

O desafio que hoje temos presente em face das circunstâncias excecionais em que Portugal se encontra

incumbe cada um de nós da máxima responsabilidade. A área da educação é central no desenvolvimento que

Portugal quer ter.

O Sr. Deputado Acácio Pinto falou sobre o programa Novas Oportunidades e o «teste do algodão». O

«teste do algodão» estava feito: o Novas Oportunidades não era reconhecido pelo mercado, não era

reconhecido pela ação profissional. Esta realidade não precisava de mais análise, é um facto.

Este Governo visa, com estas medidas, resgatar esta oportunidade. Dizer «nova oportunidade» é isso

mesmo, não é fingir que a estamos a dar às pessoas, é dá-la efetivamente. Valorizar o seu desenvolvimento

pessoal é importante, mas é importante também que tenham uma ferramenta para enfrentar um mundo cada

vez mais competitivo.

A nossa ação tem provado que somos pela escola pública. A escola pública não tem, necessariamente, de

ser exclusivo do público, e essa é a medida. O mundo mudou, Portugal tem de mudar.

Estes discursos que hoje aqui foram feitos, assentes numa realidade que não tem em conta os últimos

desenvolvimentos que, infelizmente, Portugal teve de atravessar, são iguais há 10 anos. Na realidade, o País

não merece este tipo de intervenções por parte das bancadas da oposição.

Aplausos do PSD.

Sr. Deputado, relativamente a estes novos Centros para a Qualificação, o desafio que temos presente,

esse sim, é o de criar uma rede que englobe todos, uma rede que seja local mas que tenha impacto regional e

nacional. Esse é o desafio que temos todos pela frente. É esta medida que não estava contemplada antes e

que constitui uma fundamental diferenciação.

Aplausos do PSD.

A Sr.ª Presidente: — Ainda para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Luís Fazenda.

O Sr. Luís Fazenda (BE): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Michael Seufert, dei comigo a pensar quais

seriam as «trombetas» que se iriam anunciar numa intervenção do CDS sobre educação, mas, afinal, a

expetativa não foi coroada de sucesso.

O Sr. Deputado trouxe aqui os mega-agrupamentos, de triste história.

Há dois dias estivemos num colóquio da Federação Nacional dos Professores (FENPROF) onde ouviu,

como eu, o Prof. Mário Nogueira dar exemplos de unidades de mega-agrupamentos em que o coordenador

tem oito horas de redução do horário para gerir uma instituição com mais de 1000 alunos.

Acho que isso dá bem a medida não só da hipercentralização, não só do distanciamento das várias

unidades, que chega a ultrapassar 30 km, não só da concentração absurda de mais de 4000 estudantes e de

várias escolas com projetos educativos completamente diferentes, mas também daquilo que isto é na

realidade. E na realidade trata-se de uma colossal poupança de custos feita à custa dos mega-agrupamentos,

e não mais. Não há um pingo de pedagogia, não há nada que tenha a ver com o acesso dos cidadãos à