I SÉRIE — NÚMERO 75
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O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado, para o caso de ter tão bem preparado este
debate que até ignora as perguntas que dirige ao Primeiro-Ministro e as respostas que ele lhe dá, deixe-me só
dizer-lhe que já lhe respondi, Sr. Deputado, que, em matéria de execução do POPH — respondi-lhe, agora
mesmo, na anterior pergunta que me dirigiu —, a execução do POPH evoluiu de 1% — repito, Sr. Deputado,
1% — para 43%.
Protestos do PS.
O Sr. António José Seguro (PS): — E os atrasos de pagamentos?
O Sr. Primeiro-Ministro: — O Sr. Deputado deve considerar que o nível de execução do POPH, em junho
de 2011, quando praticamente metade do quadro comunitário estava decorrida, permitiria, com certeza, um
nível de execução financeira elevadíssimo! Nós sabemos: 1% de execução do Programa permitiu ao anterior
Governo pagar imenso às instituições!…
Mas, Sr. Deputado, a execução de 43% tem permitido um nível de execução financeira muito elevado.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
Em segundo lugar, para responder às objeções do Sr. Deputado relativamente à fraca cooperação com as
instituições, quero dizer-lhe que já assinámos 544 acordos de cooperação.
O Sr. Pedro Jesus Marques (PS): — Oh!…
O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Deputado, se existe um nível de realização tão elevado, como pode o Sr.
Deputado vir considerar que existe qualquer inércia nesta matéria?
Protestos do PS.
Mas, em terceiro e último lugar, porque acho que isso é ainda mais eloquente, o Sr. Deputado veio referir-
se a um suposto desinvestimento na área social. Ora, destaquei, na minha intervenção, que, ao contrário do
que pretendia o Governo do Partido Socialista, evitámos que o setor social viesse a ficar esvaziado de cerca
de 170 milhões de euros, relativamente a obrigações quer com o IRC quer com o IVA.
Sr. Deputado, 40 milhões de euros de IRC e 130 milhões de euros de IVA, que deixámos nas instituições,
que não lhes retirámos, como o Governo socialista queria fazer, representam, hoje, a maior injeção de liquidez
que podíamos ter feito nessas instituições.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
A Sr.ª Presidente: — Sr. Deputado António José Seguro, tem a palavra.
O Sr. António José Seguro (PS): — Sr.ª Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, também era melhor que o
senhor não continuasse a boa política do Governo anterior!
Risos e protestos do PSD e do CDS-PP.
Aquilo que mais faltava era que o senhor interrompesse os apoios à economia social e às instituições de
solidariedade social!
Agora, o que o Sr. Primeiro-Ministro aqui não referiu foi o atraso nos pagamentos; aquilo que o Sr.
Primeiro-Ministro aqui não desmentiu é que há unidades de cuidados continuados que estão prontas para
abrir, há vários meses, e o senhor não celebra os protocolos para concretizar essas aberturas.