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I SÉRIE — NÚMERO 75

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Estamos a falar, Sr. Primeiro-Ministro, não de um ministro qualquer, estamos a falar do seu braço direito no

Governo, que abandonou o Governo dizendo que não tinha força anímica para continuar. Ora, isso é muito

interessante, pois não só desmente o que o senhor disse quando falou em coesão e unidade como deita por

terra o argumento que o Sr. Primeiro-Ministro aqui utilizou, de forma demagógica e provinciana,…

Protestos do PSD e do CDS-PP.

… ao dizer que o Partido Socialista tinha apresentado uma moção de censura no momento em que o

Governo negociava o alargamento das maturidades da dívida pública.

Ontem, o Ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares veio dizer que já tinha acordado com o senhor,

há semanas, a sua saída do Governo. Pergunto-lhe, então: o momento que o Sr. Primeiro-Ministro e o seu

Ministro, o seu braço-direito, escolheram para anunciar ao País que ele deveria sair por força anímica não cria

nenhuma instabilidade na negociação do Governo para o alargamento das maturidades? Não é nenhum fator

de irresponsabilidade, não constitui nenhum fator de instabilidade o momento em que o senhor e o seu braço-

direito decidem que ele deve sair do Governo?

Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado António José Seguro, para rematar a matéria do

investimento na área social, quero só recordar-lhe que a execução em janeiro de 2011 correspondia a cerca

de 31 400 €.

O Sr. Pedro Jesus Marques (PS): — 31 400 €?!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Exatamente!

Esse valor foi elevado, em junho de 2011, para 1600 milhões de euros, representando nesta altura, em

março de 2013, 43 milhões de euros.

Espero, Sr. Deputado, que, quer relativamente ao número de projetos aprovados, quer relativamente à

execução financeira, fiquemos entendidos nesta matéria.

O Sr. Deputado disse variadíssimas coisas de natureza política sobre o pedido de demissão do Sr. Ministro

Adjunto Miguel Relvas.

Sr. Deputado, quero dizer-lhe que faço uma apreciação muito positiva sobre a forma como o Sr. Ministro

Miguel Relvas se comportou no Governo. Aprecio a lealdade com que ele exerceu as suas funções e o

contributo que deu para a ação deste Governo.

O Sr. Ministro Miguel Relvas entendeu que precisava de abandonar estas funções e comunicou-me essa

sua intenção, como ele próprio disse, há várias semanas, tendo concretizado a sua saída numa altura em que

entendeu que o devia fazer do ponto de vista pessoal. Só posso respeitar essa sua decisão.

Deixe-me dizer-lhe, Sr. Deputado António José Seguro, que a saída do Sr. Ministro Adjunto Miguel Relvas

não só não cria instabilidade no Governo como não criará, seguramente, nenhuma crise política no País. E

essa é uma diferença muito grande comparativamente com o que tem sido o comportamento do Sr. Deputado

como Secretário-Geral do Partido Socialista.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Sr. Deputado, ao contrário do que sugere, não temos nenhum problema de coesão no Governo.

O Sr. João Semedo (BE): — Não!… Que ideia!…