12 DE ABRIL DE 2013
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Aplausos do PS.
A Sr.ª Presidente: — Antes de dar a palavra à Sr.ª Secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da
Igualdade, que pretende interpelar a Mesa, quero só dizer que não é muito bom interromper o decurso das
intervenções dos Srs. Deputados, mas há limites. Pedia a todos os Srs. Deputados que respeitassem esses
limites.
Tem a palavra, Sr.ª Secretária de Estado.
A Sr.ª Secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade (Teresa Morais): — Sr.ª
Presidente, através de uma interpelação à Mesa, e contra a tese do Sr. Deputado João Galamba da birra e da
vendetta, gostaria de pedir a V. Ex.ª que fizesse distribuir às bancadas as declarações proferidas ontem pelo
Sr. Presidente do Tribunal Constitucional, quando disse que o despacho era perfeitamente compreensível.
Vozes do PCP: — É do Tribunal de Contas!
A Sr.ª Secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade: — Sr.ª Presidente, eu referia-
me, naturalmente, ao Sr. Presidente do Tribunal de Contas, Guilherme d’Oliveira Martins.
Vozes do PCP: — Ah!…
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — É a obsessão com o Tribunal Constitucional!
A Sr.ª Secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade: — Não é obsessão, é a
circunstância de ter sido aqui invocada, por diversas vezes, a decisão do Tribunal Constitucional!
Corrigindo, portanto, o que disse, Sr.ª Presidente, peço que seja distribuído o texto com as declarações do
Sr. Presidente do Tribunal de Contas, onde ele diz que considera perfeitamente compreensível, nas presentes
circunstâncias, o despacho do Sr. Ministro das Finanças.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
O Sr. João Oliveira (PCP): — E ouviu a Dr.ª Manuela Ferreira Leite ou, então, o Dr. Pacheco Pereira?
A Sr.ª Presidente: — Sr.ª Secretária de Estado, faremos distribuir o documento. Cabe na base regimental
da interpelação.
Prosseguindo o debate, a Mesa regista inscrições dos Srs. Deputados Cecília Meireles, do CDS-PP, Pedro
Filipe Soares, do Bloco de Esquerda, e Duarte Pacheco, do PSD.
Tem a palavra a Sr.ª Deputada Cecília Meireles para uma intervenção.
A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Sr. Secretário de Estado do Orçamento, Sr.ª
Secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade, Sr.as
e Srs. Deputados: Confesso que,
ouvindo este debate, às vezes, tenho dúvidas se estaremos todos a falar do mesmo despacho.
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem!
A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Independentemente dessas dúvidas, talvez seja possível — não diria
entendermo-nos, porque creio que será difícil chegarmos a um entendimento comum — chegarmos a uma
discussão serena e razoável.
Já vi que este tema inspira sentimentos muito fortes, mas o facto de os sentimentos serem muito fortes e,
para utilizar um eufemismo, de a situação do País não ser nada fácil (eu diria mesmo que a situação do País é
muito difícil) significa que temos de fazer um esforço para não lançar o pânico e para não lançar atoardas que
depois se tornam difíceis de explicar.