O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 78

20

Não é legítimo, na nossa opinião, cobrar aquilo que deveria ser pago pelos impostos, e pago de uma forma

coerente.

Nessa medida, consideramos que este projeto de resolução fica aquém daquilo que deveria ser. Vamos

votá-lo a favor, naturalmente, porque não temos uma perspetiva sectária quanto a esta matéria e no que diz

respeito a esta questão. Entendemos que deve ser colocada a perspetiva de revogação destes pórticos e,

nessa medida, votaremos a favor, mas chamando desde já a atenção para que o projeto de resolução que

está em cima da mesa visa enganar a população.

Aplausos do PCP e de Os Verdes.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Tem a palavra o Sr. Deputado Raúl de Almeida para uma

intervenção.

O Sr. Raúl de Almeida (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Em primeiro lugar, quero

dizer ao Sr. Deputado Jorge Machado que compreendo que o Bloco de Esquerda e o PCP tenham uma

posição diferente sobre esta questão. Aliás, o Bloco de Esquerda explicou bastante bem que é contra o

portajamento destas vias. Nós, em tese, também o somos — seria a situação ideal —, mas compreendemos

que na circunstância económica e financeira em que vive o País é necessário obedecer ao princípio do

utilizador-pagador.

Sr. Deputado Jorge Machado, essa posição, que é perfeitamente legítima, de não querer portagens, do

«não pagamos», que o leva a desvalorizar esta excentricidade particular, esta injustiça particular,…

O Sr. Jorge Machado (PCP): — Mas há portagens por todo o lado!

O Sr. Raúl de Almeida (CDS-PP): — … e assim tratar o povo de Aveiro, não lhe fica bem, nem dignifica o

Partido Comunista Português.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Raúl de Almeida (CDS-PP): — Queria ainda registar que não houve, na bancada do Partido

Socialista, um Deputado de Aveiro disponível para intervir sobre esta questão.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Muito bem! É verdade!

O Sr. Raúl de Almeida (CDS-PP): — O Sr. Deputado Rui Paulo Figueiredo revela não conhecer a

realidade de Aveiro ao tentar reduzir isto a uma questão porta a porta, rua a rua. Não é isso, Sr. Deputado! O

Sr. Deputado gastou 4 minutos e 40 segundos para andar às voltas com o princípio do rua a rua, porta a porta.

O Sr. Deputado desconhece a realidade e a injustiça que é perpetrada todos os dias por este pórtico que os

senhores criaram e não é uma questão de distinguir Aveiro do resto do País, mas uma questão de pôr Aveiro

ao nível do resto do País. É esse o grande erro em que o Sr. Deputado labora, o que lamento.

Compreendo a sua posição, Sr. Deputado, não sendo de Aveiro, mas sendo todos nós representantes de

toda a nação, temos obrigação de a conhecer melhor quando falamos. Lamento, pois, que não tenha havido

na bancada do PS um Deputado de Aveiro a defender essa questão e ter a coragem de, ao arrepio do que o

seu partido fez, defender Aveiro e os aveirenses, para que sejam tratados igualmente como todos os

portugueses e não em situação de discriminação.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Para uma nova intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Ulisses

Pereira.