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18 DE ABRIL DE 2013

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No entanto, a decisão do Eurogrupo de extensão da maturidade do empréstimo concedido, ficou

dependente do encerramento positivo da sétima avaliação e da apresentação, pelo Governo português, de

medidas alternativas às normas que foram chumbadas pelo Tribunal Constitucional.

Com efeito, o acréscimo da despesa resultante da decisão do Tribunal Constitucional veio trazer

dificuldades acrescidas a uma já exigente execução orçamental e só podia acarretar três possíveis caminhos:

aumento das metas do défice já acordadas com os nossos credores, novos aumentos de impostos ou uma

redução alternativa na despesa.

O Governo optou, e bem, por não aumentar impostos e por garantir aos nossos parceiros que manterá a

disciplina necessária para que as metas orçamentais, com as quais estamos comprometidos no ano de 2013,

sejam alcançadas.

Como sempre dissemos, o caminho é estreito. Não podemos pensar que quem nos financia o fará se não

conseguirmos mostrar a necessária determinação na rota traçada.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Duarte Pacheco (PSD): — É esta a encruzilhada onde estamos.

Srs. Deputados, vamos deitar tudo a perder? Mostramos ao mundo a nossa incapacidade? Rejeitamos a

confiança dos mercados e atiramo-nos de braços abertos para um segundo resgate?

Ou preferimos fazer o trabalho de casa, terminar a tarefa iniciada, corrigir o que tiver de ser corrigido e criar

condições para que Portugal assegure a confiança dos seus parceiros e recupere a plenitude da sua

soberania económica?

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Srs. Deputados, chegados aqui, ninguém se deve demitir das suas responsabilidades. O País, como um

todo, deve evidenciar o compromisso com as metas traçadas. Egoísmos pessoais e estratégias partidárias

devem ser postas de lado. É esta a exigência que hoje é feita pelos portugueses aos partidos da maioria e ao

Partido Socialista.

Hoje mesmo, nesta Casa, mostrámos que esse entendimento é possível. Na alteração que fizemos à Lei

de Enquadramento Orçamental, o PSD, o CDS-PP e o PS souberam expor as suas ideias, ouvir argumentos e

procurar um texto que, salvaguardando as visões de cada um, assegura que Portugal respeita os

compromissos europeus assumidos.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

É este sentido do interesse nacional que é exigido a todos, em especial ao Partido Socialista, para que com

os partidos da maioria participe na procura de soluções para o País.

Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados, repito as palavras do Sr. Presidente da República: «Falar de

esperança não chega».

Na semana passada, os nossos parceiros quiseram transmitir-nos uma mensagem muito concreta de

esperança. Agora cabe a cada um de nós, não a desvanecer.

Cabe a cada um de nós, pelos entendimentos que soubermos e quisermos fazer, consolidar essa

esperança e, assim, respeitar os portugueses e os sacrifícios que têm estado a fazer.

Que o sentido de responsabilidade e de interesse público demonstrado pelos partidos da maioria seja

partilhado por todos os agentes políticos nesta Casa, para que a esperança seja definitivamente uma realidade

em Portugal.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Sr. Deputado Duarte Pacheco, tem cinco pedidos de esclarecimento dos Srs.

Deputados Honório Novo, do PCP, Pedro Jesus Marques, do PS, Heloísa Apolónia, de Os Verdes, Pedro

Filipe Soares, do BE, e Hélder Amaral, do CDS-PP.