3 DE MAIO DE 2013
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Aplausos do PS.
Defendemos um tratamento fiscal favorável para lucros reinvestidos em empresas com criação líquida de
emprego; um tratamento fiscal favorável para os suprimentos dos sócios; a criação de um banco de fomento
para aproveitamento de fundos estruturais e de fundos do Banco Europeu de Investimento; um fundo de
capitalização de pequenas e médias empresas (PME) com o remanescente do resgate para a capitalização da
banca.
Assim, como dissemos no nosso Congresso, entre meios disponíveis para injetar na economia através da
descida do rácio da banca, do financiamento pelo Banco Europeu de Investimento e da linha de capitalização
aproveitando o dinheiro para os bancos, há 12 500 milhões de euros que poderiam ser injetados na economia,
que bem precisa.
Aplausos do PS.
O Estado social não é apenas um custo, é um investimento e uma alavanca para o desenvolvimento do
País. Assim, o Partido Socialista defende que há que continuar a apostar na excelência da escola pública; há
que promover, na saúde, a separação das águas entre público e privado e a proximidade dos serviços de
saúde. Para o efeito, o PS propõe que os médicos do setor público tenham de estar nos hospitais públicos, ao
serviço do Serviço Nacional de Saúde. E, em vez dos cortes cegos deste Governo, o que é necessário é que
se articulem melhor os centros de saúde, os hospitais e os cuidados continuados.
Há também que aprofundar o estudo do financiamento da segurança social. Para garantir a
sustentabilidade, o País tem que promover, ao nível da concertação social, um amplo debate que explore
novas soluções. Por exemplo, as contribuições sociais não têm que ser apenas definidas pela massa salarial,
podem levar em consideração o valor acrescentado global.
Mas precisamos também de uma nova política europeia, de uma nova Europa. A crise da zona euro só
pode ter solução se a união económica e monetária for verdadeiramente completada. Não há nenhuma união
monetária que possa sobreviver se não for combinada com uma verdadeira união económica, social, bancária,
orçamental e política.
Há medidas que já estão em debate e relativamente às quais Portugal tem que estar ativo na sua definição
final: o fundo de redenção para mutualização de parte da dívida pública europeia; as perspetivas financeiras
2014-2020, redirecionando para políticas de convergência; um papel mais ativo do Banco Central Europeu;
participar na construção e utilizar o mecanismo de solidariedade para o crescimento e emprego como
instrumento para a convergência na zona euro; utilizar de forma muito mais ativa todos os instrumentos
disponíveis na União Europeia, nomeadamente o Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), o
Banco Europeu de Investimento e os mecanismos de gestão de dívida.
Não podemos continuar a ter um Governo subserviente e que não tem política europeia. Não podemos ter
um Ministro de Estado e das Finanças que mais parece um diretor-geral da troica em Portugal.
Aplausos do PS.
Defendemos também uma nova agenda para o crescimento e o emprego, promovendo a captação de
investimento direto estrangeiro; diminuindo custos de contexto; criando um tribunal para dirimir conflitos de
investimento estruturante; investindo no alargamento do Porto de Sines e na ligação ferroviária de mercadorias
Sines-Madrid; fomentando as exportações; reembolsando atempadamente o IVA; dando mais estímulos
fiscais; reforçando os instrumentos de seguro de crédito e de pré-financiamento; lançando um programa de
substituição de importações por aumento da produção nacional.
E muito mais propostas, que debatemos no nosso Congresso Nacional, poderíamos aqui apresentar. Mas
não basta mudar apenas de políticas, é preciso mudar também de Governo.
Este Governo, como já referi, tem falhado em todas as metas. Está esgotado. É incapaz de mobilizar
vontades, de gerar consensos e de reconhecer os seus erros. É um Governo que se tem entretido com