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3 DE MAIO DE 2013

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Socialista, elogiar e reconhecer a variedade de propostas, chegando, inclusivamente, a dizer que tinham

ocupado parte do Conselho de Ministros.

Naturalmente que são tantas e tantas propostas que poderíamos estar durante todo gastar este debate a

julgá-las, a divulgá-las, a debatê-las com detalhe, mas a verdade é que o PSD já ficou sem discurso porque,

na semana passada, tínhamos razão em duvidar das suas medidas. Veio o Ministro Vítor Gaspar, veio o

Documento de Estratégia Orçamental e os discursos e as propostas da economia foram novamente eclipsadas

e foram por água abaixo.

Aplausos do PS.

Sr. Deputado, em relação à pergunta que me fez, o Partido Socialista está onde sempre esteve, do lado

dos portugueses.

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. Rui Paulo Figueiredo (PS): — Tem as suas propostas, tem as suas alternativas, e é por isso que

vamos continuar a trabalhar, convergindo com todos aqueles que querem convergir para dar uma nova

esperança e um novo rumo a Portugal.

Aplausos do PS.

Entretanto, assumiu a presidência o Vice-Presidente Guilherme Silva.

O Sr. Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Michael Seufert.

O Sr. Michael Seufert (CDS-PP): — Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sr. Deputado Rui Paulo Figueiredo,

depois de um acumulado de quase 20 minutos a ouvi-lo falar, devo dizer que há algumas dúvidas que, apesar

de tudo, ainda subsistem.

Em primeiro lugar, o que se percebe hoje — e não é de agora, não é da sua intervenção, tem sido um

hábito da parte do PS nas últimas semanas— é que o Partido Socialista está outra vez à procura da terceira

via.

Vozes do CDS-PP: — Exatamente! Muito bem!

O Sr. Michael Seufert (CDS-PP): — Depois de ter andado, nos anos 90, como muitos partidos socialistas

europeus, entre o socialismo marxista e o capitalismo, à procura do seu caminho (teve sucesso, na altura,

ainda que depois, já no início deste milénio, como se sabe, tenha sido coroado de insucessos), agora o PS

anda outra vez entre o cumprimento das obrigações que assinou, que assumiu e pelas quais, em muitos dos

casos, aliás, se responsabilizou, com os défices que contratualizou quando estava no Governo, e o rasgar

dessas responsabilidades proposto nesta resolução, à qual o Sr. Deputado, habilmente, nunca se referiu na

sua intervenção mas em relação à qual pode aqui dizer, antes de esgotar o seu tempo – o que acho que é

justo e ainda tem tempo, pois o PS tem 3 minutos e 14 segundos –, como vai votar essa resolução.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Michael Seufert (CDS-PP): — Em todo o caso, nesta nova procura da terceira via, julgo que seria

também importante referir que o Partido Socialista se põe numa situação muito confortável, o que é natural,

pois está na oposição, não tendo de assumir as responsabilidades que assumiria se estivesse no governo, ou

seja, tem aquela posição do «toca e foge», do «a ver se pega».

O PS diz: «temos aqui umas citações boas, vamos falar de esperança, vamos dizer que estamos do lado

dos portugueses, que queremos ajustar os juros, que queremos renegociar a dívida, que temos aqui 12 000