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I SÉRIE — NÚMERO 84

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remodelações permanentes e em que os seus membros colocam notícias uns contra os outros, fazendo na

imprensa autênticas atas do Conselho de Ministros.

É um Governo que é fator de instabilidade e que não tem perdido uma oportunidade de dinamitar o diálogo

social e institucional ao longo destes dois anos.

Um Governo cujo símbolo da submissão às instituições internacionais é o Ministro Vítor Gaspar, mas cujo

símbolo maior desta época de governação é, e será, o ex-Ministro Miguel Relvas, e todos os portugueses

sabem porquê.

Um Governo que tem também um problema de liderança política: é liderado por um Primeiro-Ministro

impreparado para os tempos que vivemos e teimoso, porque é incapaz de reconhecer que tem um rumo

errado para Portugal. Um Primeiro-Ministro que não percebe que este caminho não tem saída, que fala

vagamente do desemprego, que ignora a economia e que vai dizendo que estamos no bom caminho e que os

sacrifícios têm valido a pena.

Por isso, precisamos de novas políticas, de um novo Governo, de um novo Primeiro-Ministro e de uma

nova prioridade estratégica.

Aplausos do PS.

Por isso, o combate ao desemprego é o grande objetivo estratégico de um futuro governo liderado pelo

Partido Socialista. Trata-se de um drama social que urge resolver com outras políticas e um novo rumo para

Portugal.

Para o efeito, procuraremos criar um amplo consenso político e social com todos aqueles que queiram

convergir em torno desta prioridade.

É este o nosso compromisso, é por isso que vamos lutar. E os portugueses sabem que podem contar com

o Partido Socialista para liderar a mudança de que Portugal precisa.

Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente: — Inscreveram-se, para pedir esclarecimentos, os Srs. Deputados Afonso Oliveira, do

PSD, e Michael Seufert, do CDS-PP, a quem o Sr. Deputado Rui Paulo Figueiredo pretende responder

individualmente.

Tem a palavra o Sr. Deputado Afonso Oliveira.

O Sr. Afonso Oliveira (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Rui Paulo Figueiredo, deixe-me dizer-lhe

que pensei que o Partido Socialista viria do seu Congresso com muito mais ânimo. Hoje, não vi aqui nenhum

ânimo, vi um discurso – digo-lho sinceramente e com toda a frontalidade – sem a dimensão que o resultado do

Congresso mereceria neste momento.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Afonso Oliveira (PSD): — Não obstante, o que está em discussão hoje, neste Plenário, não é o

resultado do Congresso do PS, é o projeto de resolução do PCP, e é disso que devíamos falar neste

momento.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Afonso Oliveira (PSD): — Ouvimos 14 minutos de um discurso que não teve a dimensão que

deveria ter.

Os portugueses têm hoje mais conhecimento e uma profunda consciência da verdadeira dimensão dos

problemas e do volume de dificuldades que o Governo do Partido Socialista lhes deixou. O País conhece bem

hoje as dificuldades, Sr. Deputado, as dificuldades de um processo que aconteceu anteriormente e que nos

levou ao Memorando com a troica.