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I SÉRIE — NÚMERO 91

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O Sr. Pedro Lynce (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr. Ministro, Srs. Secretários de Estado, Sr.as

e Srs.

Deputados: A evolução do sistema de ensino em Portugal nos últimos 30 anos foi claramente positiva. Apesar

do esforço já realizado, continuamos a ter dos mais baixos níveis de escolaridade da Europa, exigindo de

todos nós uma grande dedicação para superar as dificuldades.

Estamos hoje perante uma oportunidade única para os jovens portugueses. Refiro-me ao reconhecimento

universal de que a maior riqueza de uma nação está no grau de educação dos seus filhos. Longe vão os

tempos em que a riqueza era medida por possuírem diamantes, ouro, grandes arsenais bélicos ou petróleo.

Perante este conhecimento, a nossa responsabilidade de Deputados aumenta exponencialmente.

Aguardávamos que fosse possível, numa matéria tão estruturante, encontrar um largo consenso para bem

dos jovens portugueses mas, infelizmente, falou-se tão pouco dos alunos, onde deve estar centrada a

verdadeira escola pública que pretendemos.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Como é possível? É essa a interrogação que fazemos neste momento.

Não negamos as dificuldades que atravessamos perante a situação real do País, mas esperávamos, ou

melhor, desejávamos, que a oposição falasse da floresta e esquecesse por um momento as árvores. Quando,

há pouco menos de dois anos, alguns declaravam que tudo ia bem e hoje, pelo contrário, tudo vai mal, como

podem os portugueses compreender os políticos?

Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados, por que não ensaiar aqui hoje uma nova forma de fazer política em

Portugal, certamente na área mais nobre da governação? Num sistema onde o tempo é essencial, tenhamos a

coragem de encontrar pontos de entendimento, o que, aliás, já devia ter sido feito no passado, e esqueçamos

por uma vez ao menos os resultados eleitorais que se aproximam.

Impondo um léxico político mais exigente onde a palavra ensino dê lugar à aprendizagem, o rigor substitua

o facilitismo, a avaliação do mérito faça parte da nossa preocupação quotidiana, a autonomia vença de vez o

centralismo, o luxo dê lugar ao bem-estar, estou certo de que os nossos jovens terão um futuro mais risonho,

porque capacidade não lhes falta, como, aliás, já o demonstraram.

Não nego que o cumprimento das exigências de que vos falei anteriormente vai pôr a nu outros males de

que o sistema enferma, designadamente as diferenças sociais existentes, que devem ser combatidas mas

nunca escamoteadas, pois se o fizermos estamos a contribuir para a mediocridade do sistema, numa palavra,

da escola pública, quando os jovens portugueses já demonstraram ao mundo que são tão bons como os

melhores.

Aplausos do PSD.

Admito claramente que no período que atravessamos seja necessário fazer alguns ajustamentos

temporários, procurando uma maior eficiência sem pôr em causa a qualidade do ensino professado.

Independentemente das dificuldades transitórias que atravessamos, como citado pela oposição, e que

compreendemos, não podemos deixar de reafirmar a importância que o investimento em educação tem, e

continuará a ter, para o PSD.

Aplausos do PSD.

O Sr. Miguel Tiago (PCP): — Essa é uma intervenção delirante!

Entretanto, assumiu a presidência a Vice-Presidente Teresa Caeiro.

A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra a Sr.ª Deputada Inês de Medeiros para uma intervenção.

A Sr.ª Inês de Medeiros (PS): — Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados, Sr. Ministro, Srs. Secretários de

Estado: Sr. Secretário de Estado do Ensino e Administração Escolar, estou quase comovida com as suas

proclamações para substituir a facilidade e o laxismo pelo trabalho. Portanto, muito concretamente, porque o