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31 DE MAIO DE 2013

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Esta situação é tanto mais grave quanto é assumido que a oncologia é a área de desenvolvimento

estratégico do Centro Hospitalar Barreiro/Montijo e o motor para a sua diferenciação, atendendo à sua elevada

diferenciação técnica.

Por isso, é incontornável apontar o caráter particularmente revoltante, e até desumano, deste tipo de

opções políticas, tendo em conta as características e as situações concretas que estão em causa com esta

patologia, a situação de vulnerabilidade, de fragilidade e as dificuldades que se tornam ainda mais graves com

a instabilidade verificada ao nível dos próprios serviços.

Por isso, queremos aqui saudar e valorizar a luta das mulheres e homens que se organizaram para

defender o acesso aos cuidados de saúde oncológicos do Barreiro.

Saudamos a luta dos utentes e dos profissionais de saúde, mas, em particular, saudamos esta resposta de

coragem, de firmeza e de dignidade que foi dada pela Associação de Mulheres com Patologia Mamária

(AMPM), do Barreiro.

Esta luta, que hoje tem aqui um momento e uma etapa importante, é por uma causa maior, vai continuar e

há de vencer, digam o que disserem os Srs. Deputados das maiorias e os sucessivos governos deste País.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Para apresentar o projeto de resolução do BE, tem a palavra a Sr.ª

Deputada Mariana Aiveca.

A Sr.ª Mariana Aiveca (BE): — Sr. Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados, estamos a tratar de uma matéria

relativa às doenças do foro oncológico que é da maior importância.

As primeiras palavras que dirijo são para saudar os peticionários que, de facto, com a sua petição,

desencadeiam a possibilidade de hoje haver iniciativas legislativas em debate, como eu dizia, numa matéria de

grande importância.

Sabemos que, em Portugal, há falta de profissionais especializados em oncologia. Existem apenas metade

dos médicos necessários para responder a esta questão e também menos de metade dos enfermeiros

necessários. E se este é o panorama nacional, também em Setúbal esta situação tem repercussões. Sabemos

que, no distrito de Setúbal, segundo os últimos dados disponíveis, a incidência de cancro é de 413 novos

casos por 100 000 habitantes, o que significa que temos de encontrar as respostas capazes para dar corpo a

este combate. Por isso mesmo, queremos elogiar o percurso do hospital do Barreiro como pioneiro na

resposta a esta patologia de tanta gravidade.

Desde há 15 anos que a oncologia tem sido considerada uma área de desenvolvimento estratégico deste

hospital, o que, todos sabemos, originou avultados investimentos, entre os quais a instalação de um serviço de

radioterapia e a melhoria das condições desta unidade.

Atualmente, o serviço de oncologia do hospital do Barreiro assegura o ciclo completo do tratamento do

doente oncológico. O que o Bloco de Esquerda propõe neste seu projeto de resolução é exatamente a

implementação, no menor tempo possível, de uma plataforma de complementaridade que consiga congregar

os saberes, as respostas e o percurso não só do hospital do Barreiro mas dos hospitais de Almada e de

Setúbal. Só assim é possível garantir a sustentabilidade e a diferenciação dos serviços de oncologia e de

radioterapia nestes três polos e nesta plataforma que aqui hoje o Bloco de Esquerda propõe. Exige-nos a

população do distrito, exigem-nos os doentes com tão grave patologia, exigem-nos as populações que

também souberam tomar em mãos esta reivindicação, exigem-nos os profissionais que, com o seu esforço,

dedicação e saber, tudo têm feito, no Barreiro, em Setúbal e em Almada para responder a uma situação tão

dramática, que é a das pessoas com cancro no distrito de Setúbal.

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Heloísa

Apolónia.