31 DE MAIO DE 2013
51
Com esforço suplementar para os profissionais do serviço, foi, contudo, possível garantir o acesso efetivo e
atempado dos cidadãos aos cuidados de saúde e nunca se colocou em causa o diagnóstico ou o tratamento
dos doentes.
Reconhecemos que poderiam os responsáveis de então ter sido mais lestos nos procedimentos concursais
para a contratação de novos profissionais, mas não é um processo fácil, tendo em conta a sua escassez.
Seria também importante refletir sobre qual ou quais os motivos que levaram à saída, por vontade própria,
dos referidos profissionais. Nessa altura, a meio do ano passado, face a estas dificuldades, surge, e bem, uma
recolha de assinaturas, por parte da sociedade civil, manifestando preocupação face à possibilidade de
encerramento do referido serviço. Eu próprio, enquanto cidadão, subscrevi o documento. Enquanto Deputado,
procurei respostas para esta nossa preocupação através de reuniões com diversos responsáveis, tendo
mesmo dirigido uma pergunta ao Ministro sobre este assunto. Estávamos em junho de 2012.
As respostas de todas as entidades foram claras: não há orientações, não há qualquer decisão política no
sentido de encerrar o respetivo serviço nem de diminuir a sua qualidade. Tal informação mantem-se até hoje,
tempo sido repetida à exaustão por responsáveis da área da saúde.
Apesar das dificuldades de recrutamento de pessoal, que existirão sempre e que deverão ter a resposta
adequada e atempada, não se compreende que, depois de todos os esclarecimentos dados e das garantias
prestadas, alguns — que acordaram tarde para o problema — venham agora, passado um ano, repetir o que
já se sabe não ser verdade.
A esquerda radical não serve o Serviço Nacional Saúde, a instituição ou o concelho do Barreiro usando o
Centro Hospitalar Barreiro/Montijo como arma de arremesso político. Acima de tudo, esta lógica de
manipulação política, de recurso à repetição sistemática de falsidades, de recurso ao alarme social, não
defende as populações nem defende os utentes e doentes daquela instituição, em particular.
Que fique claro, de uma vez por todas: o Serviço de Oncologia do Hospital do Barreiro não vai encerrar
nem diminuir a sua qualidade assistencial.
Vozes do PSD: — Muito bem!
O Sr. Bruno Vitorino (PSD): — Mais: apesar das dificuldades do País, com este Governo, no concelho do
Barreiro, já foram foi inaugurada a Unidade de Saúde na Verderena, e será, em agosto, inaugurada a Unidade
de Saúde de Santo António da Charneca, na urbanização Cidade Sol, importantes investimentos para a
melhoria das condições no acesso à saúde para as pessoas do meu concelho, investimentos há muito falados
mas só agora concretizados.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado João Serpa
Oliva.
O Sr. João Serpa Oliva (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados: Quero, antes de mais,
começar por saudar os peticionários, na pessoa da Sr.ª D. Cristina Maria Ramalho dos Santos, que, em 28 de
setembro, fizeram a entrega nesta Assembleia desta petição.
Isto serve já para alertar os proponentes dos projetos de resolução, quer o Bloco de Esquerda, quer o PCP,
quer Os Verdes, para o atraso com que deram entrada dos vossos projetos — dia 24 de maio deste ano —,
havendo, de facto, quase um intervalo de um ano.
Os dois primeiros projetos de resolução pedem a continuação do Centro Hospitalar Barreiro/Montijo e o do
Bloco de Esquerda acrescenta que haja uma plataforma Barreiro/Almada/Setúbal.
Ora, gostaria de dizer que não deve ser com demagogia que se devem discutir estes problemas.
O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — Muito bem!