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I SÉRIE — NÚMERO 108

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Protestos do PS.

A Sr.ª Presidente: — Queira terminar, Sr. Deputado!

O Sr. Couto dos Santos (PSD): — Vou já terminar, Sr.ª Presidente.

Tal como na dor, é na crise que se reforça a solidariedade política e se gera um clima de confiança que

permita construir políticas duradouras que garantam aos portugueses melhores condições de vida.

O Sr. Jorge Machado (PCP): — Isso já era!

O Sr. Couto dos Santos (PSD): — É isso que os portugueses esperam de nós. Será assim que

engrandeceremos a política e o Parlamento.

Aplausos do PSD.

A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, antes de indicar os Deputados que se inscreveram para fazerem

pedidos de esclarecimento ao Sr. Deputado Couto dos Santos, queria dar conta de que se encontra, na galeria

destinada ao corpo diplomático, um congressista do estado da Califórnia, de origem açoriana, o Sr.

Congressista David Nunes, que cumprimentamos.

Aplausos gerais, tendo o PSD, o PS e o CDS-PP aplaudido de pé.

Sr. Deputado Couto dos Santos, estão inscritos, para fazerem pedidos de esclarecimento, os Srs.

Deputados José Junqueiro, do PS, João Oliveira, do PCP, Pedro Filipe Soares, do BE e Heloísa Apolónia, de

Os Verdes.

Tenho indicação de que o Sr. Deputado Couto dos Santos responderá em conjunto.

Sr. Deputado José Junqueiro, tem a palavra.

O Sr. José Junqueiro (PS): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Couto dos Santos, o seu discurso, que todos

ouvimos, trata-se de facto de um hino monumental à hipocrisia.

Gostava de lhe perguntar, Sr. Deputado, se o Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo

Portas, é membro do Partido Socialista ou é o segundo elemento da coligação governamental.

O senhor esteve aqui a dirigir-se ao Partido Socialista sem pinga de pudor, mas também, desculpe que lhe

diga, sem pinga de vergonha. Porque se existe, hoje em dia, no País, uma crise política profunda é porque o

PSD e o CDS se desentenderam e deram o triste espetáculo que deram ontem perante todo o País.

Aplausos do PS.

O Sr. Deputado fez um discurso a enviar recados para o CDS, mas o Sr. Deputado é um homem sem

coragem, porque foi incapaz de pronunciar o nome do CDS.

Hoje, na vida política, coragem precisa-se, e o Sr. Deputado não teve coragem, não conseguiu falar no

nome do CDS e virou-se para o Partido Socialista, sendo certo que todos sabemos, como toda a gente sabe,

que só esta maioria podia causar um problema à maioria: desagregar-se. E os senhores desagregaram-se

vergonhosamente!

Como é que o Sr. Deputado tem coragem de se dirigir ao Partido Socialista e ao seu Secretário-Geral nesta

matéria?

Aplausos do PS.

O Sr. Deputado e o PSD chegaram ao Governo com base na mentira e vão sair do Governo com base na

mentira!