I SÉRIE — NÚMERO 110
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O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Muito bem!
O Sr. Secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações: — Por fim, quanto à
observação feita quer pelo Sr. Deputado Bernardino Soares, quer pelo Sr. Deputado Fernando Serrasqueiro,
que disseram que estes são cortes na manutenção e que nada têm a ver com as rendas, pois também tenho
uma novidade para lhe dar, Sr. Deputado Bernardino Soares: a redução dos encargos tem o contributo da taxa
interna de rentabilidade (TIR) em, pelo menos, 60%.
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Qual é a taxa?
O Sr. Secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações: — Ou seja, tínhamos
taxas de rentabilidade que variavam entre os 12% e os 14%, em média, e que passam agora para uma taxa
de rentabilidade de 8%.
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Acha bem?! 8%!
O Sr. Secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações: — A poupança de 259
milhões de euros…
O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Peço-lhe que conclua, Sr. Secretário de Estado.
O Sr. Secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações: — Concluo em 30
segundos, Sr. Presidente.
A poupança de 259 milhões de euros, que esperamos chegue a 300 milhões de euros, tem um contributo,
em mais de metade, da taxa interna de rentabilidade.
Recordo que o Partido Socialista, na proposta de taxa que fez, o que queria era taxar o adicional face à
taxa interna de rentabilidade, queria eliminar o adicional. Ora, nós cortámos para níveis de 8%, comparados
com aquilo que existia até agora.
Isto é prestar um bom serviço aos contribuintes.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — O Sr. Deputado Luís Menezes pediu a palavra para interpelar a
Mesa.
Faça favor.
O Sr. Luís Menezes (PSD): — Sr. Presidente, é para uma interpelação à Mesa sobre a condução dos
trabalhos.
Queria apenas pedir que o Sr. Deputado Fernando Serrasqueiro possa distribuir por todas as bancadas o
documento que, segundo ele próprio referiu, foi trocado entre dois Secretários de Estado. E pedimos isto por
duas razões: a primeira é porque, tendo o mesmo documento sido invocado, pensamos que é relevante que
todos os grupos parlamentares tenham acesso a esse documento; a segunda é porque acho grave que um
documento interno do Governo, trocado entre dois membros do Governo, seja trazido a público sem
conhecimento dos mesmos.
O Sr. João Oliveira (PCP): — Mas isso tem de pedir contas ao Governo!
O Sr. Luís Menezes (PSD): — Penso que esta deveria ser uma situação a analisar por parte da Mesa e
queríamos que a Mesa pedisse o documento ao Partido Socialista.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.