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I SÉRIE — NÚMERO 111

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de incapacidade de liderança, e muito menos telefonei ao Dr. Paulo Portas, seja antes seja depois, para o

convencer a sair ou a ficar.

O Sr. Deputado falou em vacuidades e incongruências. Ó Sr. Deputado, nunca vi tanta vacuidade e tanta

incongruência como nestes 10 últimos dias na vida política nacional! E foram todos da vossa responsabilidade!

Da responsabilidade dos vossos dois partidos! Não de um nem de outro, mas dos vossos dois partidos e do

Governo!

Aplausos do PS.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — É preciso muita lata! O senhor quer levar o País à bancarrota!

O Sr. João Galamba (PS): — O senhor sabe lá do que é que está a falar!

O Sr. Vieira da Silva (PS): — Sr. Deputado, sobre o défice,…

Protestos do Deputado do CDS-PP Nuno Magalhães.

Sr.ª Presidente, se me deixarem falar…

O Sr. João Galamba (PS): — Leiam as entrevistas do Nobre Guedes e do Lobo Xavier! Talvez aprendam

alguma coisa!

A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, peço que deixem o Sr. Deputado Vieira da Silva concluir.

Faça favor, Sr. Deputado.

O Sr. Vieira da Silva (PS): — Sr. Deputado, é relativamente simples: trata-se apenas de perceber que fixar

metas do défice que, por excesso de austeridade, são sempre falhadas só leva a que tenhamos de negociar

esses falhanços em perda com a troica, sem criar qualquer margem de abertura para a economia portuguesa.

Se essa flexibilidade tivesse sido negociada antes, para dar flexibilidade à economia portuguesa,

provavelmente teríamos melhor economia e melhor equilíbrio nas contas públicas. Seria o contrário do que os

senhores fizeram. Era assim que a política deveria ser conduzida!

Sr. Deputado Bernardino Soares, o Partido Socialista não defende um segundo resgate.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Defende, sim!

O Sr. Vieira da Silva (PS): — Não, não defende, Sr. Deputado!

Aquilo que o Secretário-Geral do Partido Socialista disse, e bem, é uma coisa bem diferente. Disse que a

continuação da política deste Governo iria levar, inevitavelmente, a um novo processo de assistência

financeira.

O que diz o Secretário-Geral do Partido Socialista, António José Seguro, é bem diferente. Ele diz, e é

verdade, que estamos numa situação em que já não nos bastamos a nós próprios. Diz que precisamos de

respostas que sejam construídas na União Europeia — creio que até o PCP concorda com isso — e que tal

necessita de uma capacidade de negociação que não temos tido, nem força política nem vontade de o fazer.

É essa mudança que tem de ser encontrada, para negociar uma nova forma de relação entre os nossos

parceiros europeus e o Estado português. É isso que precisamos de construir para que o novo período, o

chamado pós-troica, seja feito de forma bem diferente da que foi conduzida durante estes dois anos.

É esse o nosso empenhamento e é essa a nossa batalha, hoje e sempre.

Aplausos do PS.