I SÉRIE — NÚMERO 111
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O Sr. Carlos Santos Silva (PSD): — Quanto às questões da dívida e de sustentabilidade da dívida, quero
dizer-vos o seguinte:…
O Sr. Honório Novo (PCP): — Que é um falhanço completo do Governo!
O Sr. Carlos Santos Silva (PSD): — … em 2011, quando este Governo tomou posse, o défice superava
os 10% — era de 10,6%, sensivelmente.
Vozes do PCP: — E agora? E agora?
O Sr. Carlos Santos Silva (PSD): — É verdade que, neste 1.º trimestre, o défice…
Protestos do PS, do PCP e do BE.
Sr.ª Presidente, posso continuar?
A Sr.ª Presidente: — Com certeza, Sr. Deputado.
O Sr. Carlos Santos Silva (PSD): — Neste 1.º trimestre, o défice encontra-se em 6,4%, e os senhores
sabem porquê, só que não o querem dizer! Portanto, de forma falaciosa, não dizem que o défice atingiu, nos
primeiros três meses do ano, uma taxa superior a 10% devido ao Banif, porque o Banif, antes do Memorando
com a troica, não era registado sob a forma de défice
Protestos do PS, do PCP e do BE.
A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, pedia o favor de deixarem o Sr. Deputado Carlos Santos Silva
concluir a resposta, porque tem havido muitas interrupções em grupo, ao mesmo tempo.
Queira continuar, Sr. Deputado.
O Sr. Carlos Santos Silva (PSD): — Portanto, descontado este caso excecional de receita extraordinária
— que sei que é preocupante para as bancadas que estão a manifestar-se —, o défice situa-se na ordem dos
6,4%.
Protestos do BE.
Se daí retirarmos as despesas extraordinárias, o défice efetivo vai situar-se abaixo dos 5%. É por isso que
este Governo anuncia que, no final do ano, muito provavelmente, vamos cumprir as metas do défice.
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Parece que estou a ouvir o Teixeira dos Santos!
O Sr. Carlos Santos Silva (PSD): — E o Sr. Primeiro-Ministro, no debate quinzenal, disse-o aqui: «Não
vamos já deitar foguetes mas, muito provavelmente, vamos cumprir o défice».
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Parece mesmo o Ministro Teixeira dos Santos.
O Sr. Carlos Santos Silva (PSD): — É isso que vos custa!
No ano passado, os senhores diziam que em maio deste ano seria a explosão do défice e da dívida;
todavia, ao contrário do que os senhores proclamaram e anunciaram, efetivamente, o que temos hoje em dia é
o País a caminhar tranquilamente…
A Sr. ª Ana Drago (BE): — Tranquilamente?!