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I SÉRIE — NÚMERO 113

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Esta é a mensagem com base na qual o Partido Social Democrata, nós, aqui, nesta bancada, e o Sr.

Primeiro-Ministro estamos, convergentemente, a desafiar o Partido Socialista para esse acordo. É um apelo ao

interesse nacional e para salvar o País e V. Ex.ª devia ter respondido a esse apelo.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Pelo CDS-PP, para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Telmo Correia.

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, Srs. Membros do Governo, Sr.as

e

Srs. Deputados: Este debate ocorre em circunstâncias e num momento particularmente difíceis do País e da

nossa história coletiva. Não o ignoramos, como não ignoramos nem queremos esconder que ele ocorre

também depois de momentos de tensão verificados no seio do próprio Governo.

Não ignoramos ainda a situação económica e social particularmente difícil que o País hoje vive,

designadamente ao nível do desemprego, muito em particular do desemprego jovem.

Não ignoramos nenhuma destas dificuldades e teremos, nesse contexto, a contenção que os tempos e as

circunstâncias assim recomendam.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Consideramos que este não é sequer o momento para repartição de

culpas ou atribuição de culpas. Aliás, se quisermos atribuir culpas, existirão muitas por repartir, culpas até

demais por repartir.

Sabemos, de resto, que se esta maioria não foge das suas responsabilidades, esta maioria não é

obviamente responsabilizável nem pela acumulação de dívida e de défice que conduziram ao resgate, como

não é responsável por ter alimentado a ilusão dos novos aeroportos, das terceiras travessias, das PPP, dos

TGV, que conduziram à situação em que o País se encontra.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

Sabemos e compreendemos as circunstâncias especialmente difíceis de quem assume, neste momento, a

governação, com a reduzidíssima margem de manobra, a herança de um programa e as avaliações a que está

sujeito e, mais, os acórdãos negativos do Tribunal Constitucional, que nos obrigaram a uma política fiscal

muitas vezes diversa das nossas próprias convicções.

Sabemos dessas dificuldades, e é por isso, Srs. Deputados, que neste contexto e nestas dificuldades, uma

primeira palavra que gostaria de deixar é, obviamente, uma palavra de respeito, uma palavra de apreço, uma

palavra de apoio, em nome do CDS e da maioria, àqueles que, por nós, têm assumido a governação do País,

aos líderes dos partidos e, muito em particular, ao Sr. Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Soa a fim de ciclo!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Não ignoramos nem escondemos os momentos de tensão. Como aqui

foi dito, muitos desses momentos de tensão derivam das próprias dificuldades que vivemos.

Mas também não esquecemos que, em dois anos, foi ainda assim possível recuperar a nossa credibilidade

externa, reduzir o défice de 10,1% para 5,5%, conseguir conter a despesa primária de 48% para 43%, foi

possível ter sensibilidade social, num momento tão difícil, foi possível fazer reformas, como as reformas

importantes que se fizeram na área da saúde, e foi possível manter, como conseguimos manter, por exemplo,

o prestígio das forças de segurança.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!