19 DE JULHO DE 2013
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O Sr. Luís Menezes (PSD): — Sr.ª Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as
e Srs. Deputados: Esta
moção de censura apresentada pelo Partido Ecologista «Os Verdes» vai ser agora votada. E para o PSD uma
moção de censura não é uma mera formalidade, Sr. Deputado Carlos Zorrinho, é um ato pleno da nossa
democracia representativa. E porque é um ato pleno da nossa democracia representativa no Parlamento é um
direito constitucionalmente garantido, não é uma formalidade, é democracia. Mas uma moção de censura tem
consequências concretas: se for aprovada, a moção de censura implica a queda do Governo; se for rejeitada,
é um sinal claro da confiança do Parlamento no Governo.
Por isso, aquilo que queremos dizer hoje, com toda a tranquilidade, é que os portugueses pedem de todos
os partidos rumo, determinação e clarificação, como aqui dissemos, mas também esperança. E esperança é
aquilo que, finalmente, conseguimos obter com resultados positivos ao fim de dois anos. Ainda que muito
frágeis, são os primeiros resultados positivos.
E, se o rumo é claro, não queremos perder o que conquistámos. Se a determinação é inabalável a
clarificação será agora feita.
Há um Governo que não desiste, há uma maioria neste Parlamento que não abdica do seu País.
Sr.ª Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados: Vai ser votada uma moção de censura neste Parlamento. Contem-
se os votos e, no fim, respeite-se a democracia e faça-se cumprir a democracia com a decisão aqui tomada.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
A Sr.ª Presidente – Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Carlos Zorrinho.
O Sr. Carlos Zorrinho (PS): — Sr.ª Presidente, Srs. Membros do Governo, Srs. Deputados: Está a chegar
ao fim este debate e verificámos que não houve nenhuma intervenção feita por parte das bancadas do PSD e
do CDS que não incidisse sobre a forte coesão, a forte solidariedade, a forte convicção desta maioria. Sendo
assim, é difícil entender porque é que também não houve nenhuma intervenção que, ao mesmo tempo, não
fosse no sentido de procurar condicionar o Sr. Presidente da República, de mandar mensagens para as Ilhas
Selvagens, no fundo perturbando o processo de diálogo que nós, aqui, nos abstivemos de perturbar.
Aplausos do PS.
O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Não é verdade!
A Sr.ª Presidente: — Não havendo mais inscrições para intervenções na fase do debate, passamos à fase
de encerramento, na qual intervirão o Governo e Os Verdes.
Em primeiro lugar, tem a palavra, para intervir em nome do Governo, o Sr. Ministro de Estado e dos
Negócios Estrangeiros.
O Sr. Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros (Paulo Portas):— Sr.ª Presidente, Sr.as
e Srs.
Deputados, começo por dar uma informação à Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia: há menos de uma semana
estive na Comissão de Negócios Estrangeiros durante quatro horas e não pude beneficiar das suas perguntas.
A Sr.ª Deputada podia, pelo menos, ter sabido como correu esse ato de escrutínio parlamentar.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
Protestos da Deputada de Os Verdes Heloísa Apolónia.
Uma outra questão prévia, Sr.ª Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados: deliberadamente, não referirei nada
nesta intervenção a propósito do processo de diálogo que está a decorrer entre os três partidos democráticos
desta Câmara.
Protestos do PCP e do BE.