25 DE JULHO DE 2013
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O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem!
O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Uma maioria democraticamente eleita e no pleno exercício
das suas funções…
O Sr. João Oliveira (PCP): — Mas sem base social de apoio!
O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — … esteve disponível a abdicar de parte do seu mandato, a
bem de um consenso, com o maior partido da oposição. Este é ou não um passo relevante para atingir um
consenso?
O Sr. João Oliveira (PCP): — Se acham que continuam a representar as pessoas, não tenham medo de
eleições!
O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Em matéria fiscal, em compromissos claros do ponto de vista
fiscal, temos de perceber que o mais importante para conseguirmos atrair investimento é a estabilidade e a
transparência da política fiscal. Portanto, poderíamos discutir que política era essa, em troca de conseguirmos
uma estabilidade. Ainda que não fosse a que defendêssemos, certamente seria benéfico que a
conseguíssemos estabilizar.
Sabem os portugueses que estes foram dois pontos muito importantes que a maioria esteve disponível
para chegar a entendimento.
O que é que sabem os portugueses sobre pontos relevantes que o Partido Socialista tenha tido como
disponíveis para ceder e para chegar a um entendimento? Absolutamente nada!
Isso só quer dizer uma coisa: é que os portugueses, olhando para o que se passou nas últimas semanas
em Portugal, sabem, neste momento, que, do ponto de vista da oposição, não veio uma alternativa mais
estável e não veio uma alternativa mais credível e isso aumenta a responsabilidade desta maioria, porque é
exatamente desta maioria que tem de sair essa estabilidade e essa credibilidade.
A Sr.ª Presidente: — Queira terminar, Sr. Deputado.
O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Vou terminar, Sr.ª Presidente.
Por isso, pergunto, Sr. Deputado, se entende que essa estabilidade e essa credibilidade se fundam
exatamente na capacidade de conseguir olhar para alguns indicadores económicos positivos,…
O Sr. António Braga (PS): — Quais são?
O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — … olhar para o facto de Portugal ter de, em primeiro lugar
com a troica e depois com as instâncias europeias, negociar o programa de resgate e, depois, o programa
cautelar e, pela positiva, ver a porta de saída desta situação que não foi esta maioria que a impôs a Portugal,
mas, certamente, será esta maioria que o tirará desta situação.
Aplausos do CDS-PP e do PSD.
A Sr.ª Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Miguel Frasquilho.
O Sr. Miguel Frasquilho (PSD): — Sr.ª Presidente, agradeço as questões colocadas pelos Srs. Deputados
Pedro Filipe Soares, Heloísa Apolónia e João Almeida.
O Sr. Deputado Pedro Filipe Soares perguntou se um programa cautelar não será um segundo resgate.
Sr. Deputado, vamos ver se nos entendemos. Está admitido desde há muito tempo que, na saída dos
programas de ajustamento a que Portugal, a Grécia e a Irlanda estão submetidos, existirá um apoio que se