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I SÉRIE — NÚMERO 117

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Secretária de Estado do Tesouro e das Finanças, quer hoje, como Ministra das Finanças, tem sido de uma

competência exemplar a tratar de um problema que não gerámos, mas que iremos resolver.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Isso é do ponto de vista dos banqueiros, não do do interesse nacional!

O Sr. João Oliveira (PCP): — Do ponto de vista dos banqueiros, é, de facto, exemplar!

A Sr.ª Presidente: — O próximo pedido de esclarecimento é do PSD.

Tem a palavra o Sr. Deputado Luís Montenegro.

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, permita-me um ponto prévio,

muito rapidamente, para lhe dizer a si, ao Governo e a toda a Câmara que, na bancada do PSD, confiamos no

trabalho de todos os Deputados — e não só dos Deputados do PSD, mas de todos os Deputados — que

participam na comissão de inquérito que está a avaliar os contratos swap. E devo dizer-lhe, Sr. Primeiro-

Ministro, que alguém está no debate errado, porque vai decorrer hoje uma reunião dessa comissão de

inquérito, onde a Ministra de Estado e das Finanças estará perante os Deputados, precisamente para

esclarecer toda a situação que foi aqui descrita pelo Sr. Deputado António José Seguro.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Nós não estamos aqui para isso, e não porque não tenhamos

argumentos para participar nessa discussão e para reiterar que não houve, da parte de nenhum membro deste

Governo, qualquer intervenção que possa consistir numa mentira ao Parlamento, mas esta moção de

confiança e este debate são muito mais do que isso, Sr. Primeiro-Ministro.

Quero reafirmar aqui, em nome desta bancada e desta maioria, que, de facto, o Governo dispõe de

condições de estabilidade e de coesão, bem como da confiança do Parlamento, para prosseguir o seu

trabalho.

O Sr. Paulo Batista Santos (PSD): — Muito bem!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — E, desde logo, Sr. Primeiro-Ministro, porque a intervenção de V. Ex.ª tem

o condão de se apresentar ao País com base na verdade e no realismo, condição, essa, fundamental para que

o Governo disponha da confiança para poder implementar o seu Programa.

Sr. Primeiro-Ministro, há muitos intervenientes na nossa vida pública e política que gostam de olhar para os

problemas e os contemplar. De resto, o País andou, durante anos, a contemplar os seus problemas.

A Sr.ª Teresa Leal Coelho (PSD): — Exatamente!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Os défices, que iam aumentando, o endividamento, que ia aumentando,

o próprio desemprego, que, mesmo em anos de crescimento económico, ia aumentando, tiveram uma grande

contemplação da parte de muitos agentes políticos que, hoje, estão exatamente como estavam na altura, a

contemplar os problemas. Mas este Governo e esta maioria não estão aqui para contemplar os problemas,

estão aqui para resolver os problemas.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Foi por isso, Sr. Primeiro-Ministro, que se assinalou já aqui uma grande diferença entre a postura do Sr.

Primeiro-Ministro e a do líder do principal partido da oposição. É que o Sr. Primeiro-Ministro trouxe soluções,

prioridades para a agenda política do Governo nos próximos dois anos, neste novo ciclo desta Legislatura, ao

invés daquilo que foi feito pelo principal partido da oposição.