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I SÉRIE — NÚMERO 117

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Protestos do PSD.

A Sr.ª Secretária de Estado, como profissional experiente, estava de longa data informada da existência

deste tipo de operações.

O Sr. António Braga (PS): — Exatamente!

Protestos do PSD.

O Sr. António José Seguro (PS): — Sr. Primeiro-Ministro, o senhor pode pedir a confiança que quiser,

mas foi o seu ex-Ministro das Finanças que, numa carta de despedida, lhe disse que, em função do seu

Governo e da sua política, o Governo já não tinha nem a credibilidade nem a confiança para continuar.

Ele agiu em consequência. O Sr. Primeiro-Ministro e os seus ministros continuam agarrados ao poder.

Protestos do PSD.

Por isso lhe digo com muita clareza: este Governo não merece a confiança deste Parlamento!

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. António José Seguro (PS): — Este Governo perdeu a confiança dos portugueses!

O Sr. Carlos Zorrinho (PS): — Muito bem!

O Sr. António José Seguro (PS): — O melhor povo do mundo merece melhor Governo: um Governo

confiável, um Governo que honra a sua palavra e um Governo que tem políticas para tirar Portugal da crise.

Aplausos do PS.

Protestos do PSD.

O Primeiro-Ministro vem a este Parlamento pedir confiança a si próprio — é a melhor expressão da sua

fragilidade.

Da parte do Partido Socialista, pode ter a certeza de que o Governo não é de confiança e votaremos contra

a moção de confiança que apresenta a este Parlamento.

Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado António José Seguro, o senhor sabe que o País

tem passado estes dois anos por um processo de transformação que é verdadeiramente complexo, que

comporta riscos sociais elevados e que desafia não apenas os portugueses mas todos os líderes políticos,

todos os políticos de uma forma como eu não tenho memória de ter acontecido no passado.

Passámos estes dois anos, depois das eleições de 2011, que ocorreram após o pedido de auxílio externo

realizado pelo Governo de Portugal então em funções, com a consciência clara de que precisávamos de

resgatar a nossa soberania, de que precisávamos de fazer em três anos de Programa de Assistência a

correção de diversas incorreções estratégicas que perduraram durante mais de uma dúzia de anos, enfim, de

que precisávamos de fazer, nas piores condições, todas as reformas que não fizemos durante quase 15 anos,

umas vezes por falta de coragem, outras vezes por falta de lucidez.