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31 DE JULHO DE 2013

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O Sr. Primeiro-Ministro teve ocasião de dizer, e é verdade, que o Governo dispõe da confiança deste

Parlamento e do País por aquilo que fez, mas, sobretudo, para aquilo que quer fazer.

A Sr.ª Teresa Leal Coelho (PSD): — Muito bem!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Nestes dois anos, Sr. Primeiro-Ministro, é verdade que conseguimos

uma estabilização financeira das nossas finanças públicas, é verdade que conseguimos cumprir…

O Sr. António Braga (PS): — E aumentar o desemprego!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — … e ter uma avaliação positiva desse cumprimento, tudo aquilo que

eram compromissos que o Estado tinha assumido. E é verdade, Sr. Primeiro-Ministro, que tivemos alguma

necessidade de nos adaptar às circunstâncias e ganhámos credibilidade por isso mesmo. Por isso, vimos as

nossas metas do défice flexibilizadas, por isso, renegociámos os encargos com os juros, por isso, tivemos a

extensão das maturidades dos nossos empréstimos.

Mas, Sr. Primeiro-Ministro, é curioso que, numa altura em que todo o País precisa de confiança, não tenha

havido, do lado das intervenções da oposição, designadamente daquela que já foi aqui proferida, o

reconhecimento de alguns resultados que já conhecemos e que induzem o País a confiar em si próprio. É ou

não verdade, Sr. Primeiro-Ministro, que temos tido um crescimento sólido e sustentado das nossas

exportações?! É ou não verdade que as previsões macroeconómicas para este e para o próximo ano apontam

para uma inversão da trajetória económica?! É ou não verdade que, depois de 10 trimestres consecutivos em

que o nosso Produto esteve a decair, o 2.º trimestre de 2013 revela já um aumento, Sr. Primeiro-Ministro?! É

ou não verdade que estes sinais, estes resultados, com base numa política de verdade e realismo, que não

esconde as dificuldades — de resto, o Sr. Primeiro-Ministro nunca escondeu nem as dificuldades internas do

Governo e, também estas, não as contemplou, resolveu-as e, por isso, o Governo se apresenta aqui com esta

coesão —,…

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — … devem, no fundo, inspirar todos, todos os agentes políticos, os que

estão nesta maioria, mas também os que estão na oposição, toda a sociedade e os parceiros sociais, para se

poderem encarar os próximos dois anos, a segunda metade desta Legislatura, como o momento para

conseguirmos retribuir à vida das pessoas o esforço e o sacrifício que fizeram nos primeiros dois anos desta

Legislatura, Sr. Primeiro-Ministro?!

Estamos aqui, e com isto termino, Sr. Primeiro-Ministro, para preparar o que foi designado como o País

pós-troica. O País pós-troica é o País que é capaz de se organizar, que é capaz de crescer, que é capaz de

criar emprego, sem ter necessidade de se financiar através de fontes oficiais e de ajudas externas, Sr.

Primeiro-Ministro. Estamos muito empenhados em preparar o País para isso. Como o Sr. Primeiro-Ministro

disse, qualquer que seja o Governo, o mais importante é que o País tenha estes alicerces e não volte, no

futuro, a necessitar de novas intervenções.

A Sr.ª Teresa Leal Coelho (PSD): — Muito bem!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Estamos verdadeiramente empenhados em ter um País pós-troica que

seja mesmo isso, que nunca mais tenha troica, porque parece que há alguns que veem no pós-troica a pré-

próxima troica,…

Aplausos do PSD.

… que são aqueles que vendem as facilidades que seriam o caminho para que, no futuro, voltássemos a

ter necessidade de ajuda externa. Nós não fazemos parte dos que acreditam nesse caminho, nós acreditamos

na capacidade dos portugueses, nós acreditamos que os sacrifícios e os esforços que fizemos nos últimos