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31 DE JULHO DE 2013

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Mas, Srs. Deputados, se os políticos não são capazes, mesmo assumindo as suas diferenças, de confiar

no País que governam, nas potencialidades humanas e económicas do seu povo e das suas estruturas, não

são dignos de conduzir os destinos do País.

O Sr. Luís Menezes (PSD): — Muito bem!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — O PSD acredita nos portugueses, na sua tenacidade, na sua resistência

e no sentido coletivo dos agentes políticos.

Sr. Primeiro-Ministro, revemo-nos, por isso, na postura de coragem que tem revelado à frente do Governo,

uma postura que é também de verdade e de realismo. O País sabe, pela sua boca, quais são as dificuldades,

o País conheceu neste período as dificuldades que o Governo enfrentou internamente. Não esconder os

problemas, não esconder as dificuldades, quer elas sejam externas quer internas, é sempre um caminho para

resolver esses problemas e para ultrapassar essas dificuldades.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Governo e esta maioria não desistiram e apresentam-se hoje, aqui, coesos, confiantes e abertos ao

diálogo político.

Esta maioria, Sr. Primeiro-Ministro, não tem complexos, não «atira a toalha ao chão» e assume com

convicção e sem reservas o apoio à sua liderança e à sua firmeza como chefe do Governo.

Sr.a Presidente e Srs. Deputados: Depois de uma moção de censura, que foi rejeitada por esta Câmara há

pouco mais de uma semana, o Governo e esta maioria parlamentar renovam hoje, perante o País, a

determinação de levarmos o País a bom porto.

Sabemos que há um País para salvar, que há uma soberania para resgatar, que há uma crise para vencer

e que há um futuro para construir em Portugal.

A Sr.ª Teresa Leal Coelho (PSD): — Muito bem!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Por isso, esta moção exprime, nada mais, nada menos, do que a

confiança que, juntos, temos em Portugal e no nosso futuro coletivo. Uma confiança sustentada no esforço dos

portugueses, no caminho difícil trilhado até aqui, mas também nas pequenas grandes conquistas que nos

fazem acreditar que estamos, de facto, num ponto de viragem.

A estabilização financeira permite-nos antever o regresso aos mercados a as reformas estruturais e a

nossa capacidade de financiamento permitem-nos recuperar a atividade económica e a criação de emprego.

Este novo ciclo da atual Legislatura não será menos exigente que o anterior, mas este novo ciclo, cujos

alicerces construímos nos últimos dois anos, dirige o País para a captação de investimento, para a

dinamização económica e para o estímulo à criação de emprego.

Quando falamos de um novo ciclo para o País, não o fazemos para iludir os portugueses, não o fazemos

para dizer que as dificuldades e os desafios ficaram para trás e que a partir de agora só nos esperam tempos

de facilidades.

Quando falamos num novo ciclo, queremos dizer, muito claramente, aos portugueses, que os esforços e os

sacrifícios dos dois últimos anos foram necessários, mas não foram em vão; foram duros, mas não caíram em

saco roto; foram exigentes, mas começam a dar frutos.

Temos razões para acreditar. Sem grandes regozijos, temos motivos para estar confiantes. E isto, Sr.as

e

Srs. Deputados, está à vista dos nossos parceiros, das instituições nacionais e internacionais, dos nossos

parceiros na Europa.

Sr.as

e Srs. Deputados: Construir o Portugal pós-troica exige o envolvimento de todos. Exige a participação

dos cidadãos, exige a participação das empresas, exige a participação e os contributos dos partidos políticos,

exige a participação dos parceiros sociais.

Ao contrário do que muitos entendem, este envolvimento não é necessário para garantir as condições de

governabilidade. A estabilidade e a coesão do Governo dependem dos partidos que o compõem e dos grupos

parlamentares que o apoiam no Parlamento. E isto, Srs. Deputados, está garantido!