I SÉRIE — NÚMERO 5
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Não se escondam atrás da troica, Sr.as
e Srs. Deputados, porque todos os portugueses bem sabem que
este Governo não defende devidamente os interesses dos portugueses. E aquilo que os portugueses
pretendem é um setor do turismo fundamental em termos de exportações, fundamental em termos de
emprego, porque sabem que, neste momento, a única questão que está aqui patente é o preconceito contra
um setor.
Vejamos. É a quarta vez que o PS apresenta esta proposta. Primeiro, era a desculpa de que não
conheciam e tinham de estudar. Então, criaram um grupo de trabalho. O grupo de trabalho apresentou o
relatório e o próprio grupo diz que é uma medida ativa de estímulo à economia, com especial enfoque no
emprego. E o que é que os senhores propõem?! Hoje, vão chumbar, novamente, a proposta do PS e as das
demais bancadas para a reposição do IVA da restauração em 13%! Não lhes chega, passados dois anos e a
destruição de 100 000 empregos, para ainda adiarem mais a reposição do IVA da restauração nestes termos?!
Isto é inaceitável, Sr.as
e Srs. Deputados!
Aplausos do PS.
E não venham com paliativos, como o IVA de caixa, porque sabem muito bem que o IVA de caixa só é
aplicável a 200 empresas e nem sequer é aplicável a este tipo de empresas. Portanto, conheçam a realidade!
O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — O que é que a Sr.ª Deputada dizia, no passado, do IVA de
caixa?!
A Sr.ª Hortense Martins (PS): — Mas, hoje, também está aqui em discussão uma proposta para reposição
da taxa de IRC em 12,5%. Será que os Srs. Deputados só se importam com a diminuição da taxa de IRC para
as grandes empresas, para os grandes grupos económicos e, quando se trata da sua reposição, em 12,5%,
para as pequenas e microempresas, nada interessa?!
O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Quem é que lhe disse que a íamos chumbar?!
A Sr.ª Hortense Martins (PS): — Pois, Srs. Deputados, nós exigimos que os Srs. Deputados estejam
atentos e aprovem esta medida, porque só assim demonstrarão a vossa coerência perante estas propostas.
Têm essa oportunidade, face a estas propostas.
Os senhores dizem que o PS não quer dialogar, mas, quando o PS apresenta propostas, os senhores
fecham-se em retórica e simplesmente dizem que todas as propostas são más.
O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Quem disse?!
A Sr.ª Hortense Martins (PS): — Isso não pode ser encarado com seriedade.
Por isso, o nosso desafio é o de que votem as nossas propostas positivamente, a favor do emprego e da
nossa economia.
Aplausos do PS.
A Sr.ª Presidente: — Ainda para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Paulo Batista Santos.
O Sr. Paulo Batista Santos (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados: Em nome da bancada do
PSD, cumprimento, em particular, o Partido Socialista por trazer ao debate matérias que consideramos
relevantes, que têm a ver com setores importantes, com as pequenas e médias empresas e com medidas que
vale a pena debater. E vale a pena debater, mas vale a pena, sobretudo, ser rigoroso naquilo que estamos a
debater.
Começando pelo rigor, é importante reconhecer que, hoje e no próximo Orçamento do Estado para 2014,
podemos debater a questão do IVA da restauração, por exemplo, com uma profundidade que, anteriormente,
não era possível, porque, por intervenção desta bancada e da bancada do CDS-PP, o setor foi estudado com