10 DE OUTUBRO DE 2013
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A Sr.ª Rita Rato (PCP): — E por que é que não sabe?!
O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Portanto, dissimulação e terrorismo é querer convencer as
pessoas, que ainda não sabem qual é a sua situação em concreto, que não sabem se são ou não visadas e
em que medida é que são visadas, se são altamente prejudicadas…
Protestos da Deputada do PS Isabel Alves Moreira.
… e o senhor já saber quanto é que cada uma dessas pessoas vai pagar por isso. Isso sim, Sr. Deputado,
é dissimulação!
Mas vamos ser concretos sobre o assunto: dizer que uma medida não está desenhada não é mentira
nenhuma.
A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Então, diga-a lá!
O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Há uma medida e há um compromisso: 100 milhões de euros
para uma prestação social que por ano gasta 2700 milhões de euros.
A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Que descaramento!
O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Portanto, aquilo que não é dissimulação e que é objetivo é
dizer que, no próximo ano, o Estado português pagará 27 vezes mais de prestação de sobrevivência do que
aquilo que cortará.
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem!
O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Vinte e sete vezes mais do que aquilo que cortará! Isso não é
dissimulação, é um dado objetivo e verdadeiro.
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem!
O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Sr. Deputado, dados objetivos e verdadeiros sobre linhas
vermelhas e sobre pensões. É verdade que há uma enorme diferença entre esta medida e a da TSU dos
pensionistas.
Ponto um: esta medida não afeta transversalmente todos os pensionistas — aliás, afetará uma pequena
minoria dos pensionistas em Portugal…
O Sr. João Oliveira (PCP): — Como é que sabe?!
O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Sr. Deputado, faz uma boa pergunta, ainda que não seja no
tempo devido.
Como é que sei? Simples, Sr. Deputado: 100 milhões em 2700 milhões é impossível que abranja todos. É
muito fácil fazer a conta, Sr. Deputado!
Aplausos do CDS-PP e do PSD.
Protestos do PCP.
Como é que sei? Fazendo a conta! É a única maneira!
Por outo lado, convém também explicar o seguinte: não só não é transversal e não afeta todos como estou
profundamente convicto de que, com um valor destes — e assumo esta convicção —, não serão afetados
órfãos, ao contrário da demagogia que andou a circular,…