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1 DE NOVEMBRO DE 2013

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Esse erro e injustiça, Srs. Deputados, nós não o fazemos!

Mais: o Governo português tem um enorme orgulho nas empresas portuguesas e quer continuar a afirmar-

se como um parceiro privilegiado deste trabalho admirável do setor privado.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Ministro da Economia: — Vivemos um tempo de viragem económica. Os indicadores demonstram

que a nossa economia está a mudar de sentido: de sinal negativo para sinal positivo. E esta é uma notícia que

saudamos vivamente e da qual esperamos confirmação relativamente ao 3.º trimestre.

Este sentimento, para além da grande evolução das exportações, está assente na confiança dos agentes

económicos e dos consumidores, na crescente estabilização do consumo, reforçado durante o verão, no

crescimento do setor do turismo, que cresceu 7,3%, e dos restantes serviços e num impulso de

empreendedorismo que o País está a conhecer.

Há muitos anos que não conhecíamos uma energia empreendedora tão positiva. Há uma nova geração de

empreendedores que confia nas suas capacidades, ousa, tem iniciativa e põe a sua vida ao serviço dos seus

projetos. Mas a prudência na análise continuará a ser o meu tom.

Reconheço que há ainda desafios importantes a vencer.

Preocupa-nos, obviamente, o flagelo social do desemprego, que já foi maior, mas que continua alto, e

estamos a trabalhar de forma determinada para o contrariar. O desemprego, que chegou a quase 28% no 1.º

trimestre, iniciou uma inversão de tendência. Soubemos hoje, aliás, que continuou a baixar em setembro e que

se situa agora em 16,3%.

Este Orçamento é uma oportunidade para reforçar o relançamento do investimento como uma prioridade

da governação. O investimento é a melhor resposta que podemos dar para combater o desemprego.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Ministro da Economia: — Os resultados positivos das privatizações, que hão de ter continuidade no

caso dos CTT e da Caixa Seguros, demonstram que, mesmo em circunstâncias adversas, há investidores que

confiam em Portugal e apostam com o seu dinheiro nas suas e nas nossas capacidades, criando ao mesmo

tempo condições para retirar o peso do Estado do fardo dos contribuintes. Isto motiva-nos, obviamente, a

continuar a criar uma economia mais aberta e mais competitiva para que o interesse do investimento possa

ainda ser mais vincado e visível em Portugal.

Com efeito, o Governo tem vindo a trabalhar nesta agenda do investimento. Criou, recentemente, a

Reunião de Coordenação dos Assuntos Económicos e do Investimento, presidida pelo Sr. Vice-Primeiro-

Ministro, que tem por objetivos debelar custos de contexto, reduzir a burocracia e agilizar e acelerar

investimentos de projetos concretos.

O financiamento e a capitalização das empresas, fundamentais para que haja investimento, têm também

constituído uma preocupação do Governo.

Assim, em 2013, criámos, em parceira com a banca, a linha PME Crescimento, com uma dotação de 2000

milhões de euros e uma execução em setembro próxima dos 70%, e lançámos, mais recentemente, linhas

adicionais de financiamento especializadas no setor do turismo, restauração e comércio, que totalizam cerca

de 280 milhões de euros.

Na área da capitalização das empresas, arrancámos com os Fundos Revitalizar, com 220 milhões de

euros, para além de estarmos a acompanhar atentamente a operacionalização dos fundos de capital a

pequenas e médias empresas por parte dos quatro bancos que receberam apoios públicos, um compromisso

de 600 milhões de euros para os próximos anos que, é bom que se saiba no Parlamento, o Ministério da

Economia está a acompanhar atentamente.

No total — financiamento e capital —, somam mais de 3000 milhões de euros de apoio ao financiamento e

à capitalização das empresas, que se tem revelado da maior importância para garantir a vitalidade da nossa

base económica, nomeadamente das pequenas e médias empresas.