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I SÉRIE — NÚMERO 16

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O que fazia falta a estas pequenas empresas, Sr. Ministro, era menos IVA da energia, menos IVA da

restauração. O que fazia falta a estas empresas era mais poder de compra da população portuguesa. O que

fazia falta a estas empresas era mais financiamento, uma política séria, determinada, sobre a banca para

garantir financiamento.

Acontece, Sr. Ministro, que para tudo isto é necessário um ministério e um ministro fortes. Bem me lembro

de há um ano o empresário Pires de Lima pedir esta determinação ao Ministério da Economia, de que era

preciso um ministro forte. Bom, passaram dois anos e mas não sabemos onde está o «ministro forte».

Sabemos que o anterior ministro da economia está agora a pedir a reestruturação da dívida pública e sabemos

que o atual Ministro da Economia se converteu a um profeta milagreiro que só pede às pessoas que se

convençam com milagres e futuros crescimentos, que ninguém vê, porque a base real é o inferno em que

vivem as pessoas em Portugal!!

Aplausos do BE.

A Sr.ª Presidente: — A próxima pergunta é do PSD.

Sr. Deputado Nuno Matias, tem a palavra.

O Sr. Nuno Filipe Matias (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, Srs. Membros do Governo, Sr.as

e Srs. Deputados, Sr. Ministro da Economia, em primeiro lugar, quero saudá-lo pelo desafio que está a liderar,

pelo esforço que está a procurar continuar no sentido de no devolver uma política económica sustentável,

credível e que induza na economia real mecanismos e verdadeiros motores de desenvolvimento de atividade

que crie riqueza no País, que potencie o crescimento e a criação de emprego, que não pode ser decretada

pelo Governo mas que tem de ser induzida nas expectativas dos agentes económicos, e este Governo está a

concretizá-lo e os primeiros indicadores positivos estão a demonstrá-lo.

Mas deixe-me que lhe diga que, quando a oposição fala em inferno, quando a oposição fala em

empobrecimento, se esquecem que, na última década, Portugal esteve no top 3 do empobrecimento e na falta

de crescimento económico e nesse tempo e nesse momento, aquilo que deveria ter sido uma altura de

reestruturação de ajustamento, gastou-se e criou-se dívida…

A Sr. Teresa Leal Coelho (PSD): — Bem lembrado!

O Sr. Nuno Filipe Matias (PSD): — … que, a partir do próximo ano, numa altura em que todos sabíamos

que o Governo que decidiu criar esse endividamento não estaria cá, vamos todos ter de arranjar forma de a

pagar.

A Sr. Teresa Leal Coelho (PSD): — Bem lembrado!

O Sr. Nuno Filipe Matias (PSD): — É importante que fique claro que, quando estamos a falar de política

económica, estamos a falar, ao fim e ao cabo, de respeito geracional; estamos a falar, ao fim e ao cabo, de

deixar condições de crescimento que no futuro não se reproduzam em impostos ou dívida.

A Sr. Teresa Leal Coelho (PSD): — Muito bem!

O Sr. Nuno Filipe Matias (PSD): — Queria deixar claro que aquilo de que gostaríamos de falar neste

momento é de gestão de expectativas, gestão de expectativas de um Governo que ao fim de 30 meses, ao fim

de 10 trimestres, conseguiu encontrar um paradigma de crescimento económico que não é apenas mérito do

Governo, é mérito das pessoas, das famílias, das empresas, que não desistiram, resistiram, continuaram a

investir, continuaram a querer encontrar formas de oportunidades de negócio, criaram valor, exportaram mais,

perceberam que a economia portuguesa tinha de se adaptar e tinha que depender menos do Estado para

crescer e para se desenvolver.

Gostaria de deixar claro que todos nós percebemos aquilo que é a ambição do Governo na forma como

quer gerir as expectativas dos agentes económicos que já cá estão, dos agentes económicos que podem vir