I SÉRIE — NÚMERO 16
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… é um Orçamento de resgate do empobrecimento, da insustentabilidade e da emergência nacional, para
onde os senhores atiraram o País em 2011! Essa é que é a verdade!
Aplausos do PSD.
O Orçamento para 2014 dá continuidade aos valores da sensibilidade social e da ética da responsabilidade
social.
Cito-lhe três aspetos, questionando também o Sr. Primeiro-Ministro acerca deles.
Vozes do PS: — Ah!
O Sr. Adão Silva (PSD): — Qualquer Estado decente não deixa ninguém com mais dificuldades para trás.
Por isso é que as pensões mínimas em 2012, 2013 e 2014 tiveram em crescimento de 5,2%. Não foi um
congelamento, como o Partido Socialista fez em 2010 a pensar no ano de 2011.
Aliás, Sr. Primeiro-Ministro, está por explicar como foi possível, já em 2010, o Governo do Partido
Socialista, com o apoio do Sr. Deputado António José Seguro, ter congelado as pensões de cerca de 1,2
milhões de portugueses.
O Sr. Luís Menezes (PSD): — Muito bem lembrado!
O Sr. Adão Silva (PSD): — Mas também no que respeita ao apoio às instituições particulares de
solidariedade social, que são verdadeiros instrumentos sociais de combate à pobreza, de combate ao tal
empobrecimento, o que constatamos é que as transferências têm crescido nos últimos três anos 25%, 400
milhões de euros, e, se somarmos a isto as isenções ficais em sede de IVA e de IRC, o valor é muito superior.
Não foram estas as preocupações dos Governos do Partido Socialista, mas foram estas as preocupações do
Governo do Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho.
Ainda no que tem que ver com a sustentabilidade da segurança social, foi feita uma opção que quero aqui
sublinhar.
As perspetivas deixadas de redução da economia e de crescimento do desemprego, que vinham dos
tempos de 2010 e de 2011, davam como resultado um défice no sistema da segurança social. Pois bem, este
Governo teve a coragem, teve o arrojo, de transferir, nos últimos três exercícios orçamentais, qualquer coisa
como 3700 milhões de euros para que não se verificassem ruturas no sistema de segurança social, que, como
é sabido, abrange praticamente todos os portugueses.
Vozes do PSD: — Muito bem!
O Sr. Adão Silva (PSD): — Portanto, em resumo, àqueles que hiperbolicamente dizem que este é um
Orçamento de empobrecimento nós dizemos que este é um Orçamento…
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Faça favor de terminar, Sr. Deputado.
O Sr. Adão Silva (PSD): — … onde se reganha a esperança, onde se reganha a liberdade; um Orçamento
feito para tempos difíceis, é certo, mas que um Estado e uma sociedade decente exigem!
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Telmo
Correia.
O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr. Primeiro-Ministro, queria
começar por sublinhar neste momento do debate que este é, de facto, o primeiro Orçamento desta maioria em