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I SÉRIE — NÚMERO 16

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Protestos do PCP, do BE e de Os Verdes.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Por que não ouvem a resposta?!

O Sr. Miguel Tiago (PCP): — A Sr.ª Presidente é que costuma dirigir os trabalhos aqui!

A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, não está a ser fácil ouvir a Sr.ª Ministra. Tem de haver silêncio na

Sala.

Faça favor de continuar.

A Sr.ª Ministra de Estado e das Finanças: — Muito obrigada, Sr.ª Presidente.

Os Srs. Deputados já hoje falaram aqui várias vezes em democracia. É uma boa regra da democracia ouvir

respeitosamente os outros!

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Protestos do PCP e do BE.

Volto às respostas aos Srs. Deputados.

A questão é exatamente essa: nós temos, primeiro, de lançar as condições para o crescimento para haver

investimento e criação de emprego para que, depois, possa haver rendimento e consumo, porque assente em

endividamento, como aconteceu no passado, foi a situação que nos trouxe até aqui.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

E é demasiado doloroso para repetir, Sr. Deputado! Custa demasiado para que caiamos, outra vez, no

mesmo erro. Não é possível!

Diz o Sr. Deputado João Galamba que é uma convicção e um ato de fé o quadro macroeconómico.

O Sr. João Galamba (PS): — Não fui eu quem disse, mas a Sr.ª Ministra!

A Sr.ª Ministra de Estado e das Finanças: — Sr. Deputado, o quadro macroeconómico foi acordado com

a Comissão Europeia, o FMI e o Banco Central Europeu.

Protestos do Deputado do PS João Galamba.

Ora, seria preciso uma convicção extraordinária para ter convencido estas três instituições, Sr. Deputado.

Não lhe parece? Mas as instituições que o Sr. Deputado citará, em termos de previsões oficiais para o cenário

tão mais negro, é que eu ainda não sei quais são, porque as previsões das outras instituições constam do

Relatório do Orçamento do Estado, tal como estão identificados os riscos e as respetivas consequências.

Naturalmente que não há certezas sobre o que vai acontecer. Antes houvesse, mas, infelizmente, não há.

Se vamos falar da nossa convicção do que acontece, naturalmente a convicção do Sr. Deputado é

diferente da minha, até porque lhe convém.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — Zero!

O Sr. Pedro Jesus Marques (PS): — Isso é mais do que zero!

A Sr.ª Ministra de Estado e das Finanças: — No que diz respeito à evolução da dívida, para que os Srs.

Deputados tenham presente, direi que, quando olhamos para o rácio da dívida pública no Produto em 2012, 15