1 DE NOVEMBRO DE 2013
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teremos uma diminuição, uma destruição líquida de emprego de 500 000 postos de trabalho, desde a
subscrição do pacto de agressão.
O Sr. João Oliveira (PCP): — Exatamente!
O Sr. Miguel Tiago (PCP): — Sr.ª Ministra, sem produção nacional, sem emprego e sem trabalho com
direitos, não há democracia!
Sr.ª Ministra, isto não é um exercício de contabilidade que aqui venha apresentar ao Parlamento. Este é o
debate sobre a vida das pessoas que, lá fora, vivem do seu trabalho ou que, lá fora, deviam estar a viver
tranquilamente por terem passado a vida inteira a trabalhar.
Protestos da Deputada do PSD Conceição Bessa Ruão.
É este o debate que estamos a fazer aqui, Sr.ª Ministra. É o debate sobre o impacto que estas contas que
aqui vem apresentar têm na vida das pessoas. E, Sr.ª Ministra, faz alguma ideia do impacto que estas contas
têm na vida das pessoas? Na diminuição do seu rendimento, do seu poder de compra, ficar sem escola, ficar
sem centro de saúde, ficar sem urgências, não ter dinheiro para pagar os medicamentos?
Protestos do PSD e do CDS-PP.
Sr.ª Ministra, isto não é pessimismo, nem é tão-pouco, como alguns querem insinuar, o pessimismo
militante do PCP. Não, Sr.ª Ministra! Aqueles que lutam contra esta política são precisamente aqueles que
mais confiança têm no futuro do nosso País, porque acreditam, como acreditaram no passado, que é possível
um futuro melhor e que não estão condenados a acreditar no futuro que este Governo nos quer impor.
Sr.ª Ministra, aqui dentro, como também no passado, o PCP continuará a denunciar — não é pessimismo,
é denúncia. Lá fora, os trabalhadores continuarão a lutar até derrotar esta política.
Aplausos do PCP.
A Sr.ª Presidente. — Para responder, tem a palavra a Sr.ª Ministra de Estado e das Finanças.
A Sr.ª Ministra de Estado e das Finanças: — Sr.ª Presidente, Srs. Deputados, gostaria de começar por
responder exatamente à última questão colocada pelo Sr. Deputado Miguel Tiago.
Temos, de facto, consciência do impacto de ficar sem nada. E é precisamente por isso que sabemos como
é importante continuar a pagar a dívida para garantir que continue a haver financiamento, para garantir que
continue a haver pensões, salários, saúde e educação. É precisamente por sabermos a falta que faz, Sr.
Deputado!
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
Protestos do PCP.
E quando o Sr. Deputado diz, já que comecei pelas suas questões, que a reforma do IRC não interessa
porque o que os empresários valorizam é a procura, vamos, então, ver se percebemos de onde é que essa
procura pode vir.
Protestos do PCP.
Porque, olhe, de dívida já não vem. Se não podemos aumentar a dívida, onde se vai buscar o dinheiro?
Tem de ser o contrário, Sr. Deputado: primeiro, temos de começar por estimular o crescimento económico,
como já está a acontecer…