I SÉRIE — NÚMERO 25
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Vozes do CDS-PP: — Muito bem!
O Sr. João Rebelo (CDS-PP): — Analisando o que foi implementado este ano e monitorizando toda esta
reforma, o Sr. Ministro da Defesa Nacional comprometeu-se com os Deputados da Comissão de Defesa a
analisar que mudanças poderiam ou não ter lugar. Espero que, com o apoio dos principais partidos aqui
representados, o Sr. Ministro entenda que os Deputados têm uma visão diferente sobre a forma como a
reforma foi implementada.
Vozes do CDS-PP: — Muito bem!
O Sr. João Rebelo (CDS-PP): — Deverá ser essa a sensibilidade transmitida e nós consideramos
absolutamente essencial fazer o nosso trabalho no sentido de convencer o Sr. Ministro de que a reforma deve
acontecer.
Todos os alunos, pais e dirigentes desses estabelecimentos de ensino manifestaram que eram favoráveis a
que essa reforma acontecesse, mas noutros moldes, evidentemente. Estavam disponíveis para tal,
consideravam que era necessário melhorar o desempenho de gestão dessas escolas e que parte desse
processo já estava a ser elaborado.
É necessário transmitir ao Sr. Ministro que isso pode ser feito com uma análise real, concreta, calma e
disciplinada, eventualmente alterando parte deste despacho.
Se isso irá acontecer ou não, não posso garantir, mas é nosso trabalho, nestes próximos meses, fazermos
tudo o que permita acomodar uma solução que possa corresponder ao desejo dos pais, dos alunos, do corpo
docente, dos autarcas e da população de Odivelas face ao exemplo notável que este Instituto tem dado ao
País.
Este Instituto tem feito muito pelo País e é necessário garantir que isso continue a acontecer.
Aplausos do CDS-PP.
Entretanto, reassumiu a presidência a Presidente, Maria da Assunção Esteves.
A Sr.ª Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Mariana Aiveca.
A Sr.ª Mariana Aiveca (BE): — Sr.ª Presidente, Srs. Deputados: Quero, em especial, cumprimentar os
peticionários, as alunas, as professoras e os autarcas e queria começar com uma afirmação clara, a de que o
Bloco de Esquerda defende o ensino misto em todas as suas dimensões.
Não obstante esta consideração, entendemos que este problema não foi tratado à luz de critérios
pedagógicos, nem no sentido da melhoria desses mesmos critérios. Creio que a decisão foi tomada muito à
luz dos cortes e de também neste caso ser implementada a austeridade sem ouvir, como aqui já foi dito, os
protagonistas principais e os construtores e fazedores da escola de Odivelas.
Por isso mesmo, achamos que não é esta a forma de responder aos problemas, não obstante reafirmar a
consideração do Bloco de Esquerda de que o ensino público deve ser misto e não ter este formato — quero,
com toda a clareza, deixar esta afirmação.
Porém, por aquilo que disse a Sr.ª Deputada Mónica Ferro, penso que ainda estamos em tempo de fazer
uma discussão mais aprofundada e de tomar as medidas que, não pondo em causa o ensino de qualidade e o
ensino misto, permitam fazer uma aferição ainda melhor daquelas que foram as medidas do Sr. Ministro da
Defesa Nacional.
Aplausos do BE.
A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, terminámos este ponto da ordem do dia.
O ponto seguinte consta da apreciação da petição n.º 250/XII (2.ª) — Apresentada pela CGTP-IN
(Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical Nacional), solicitando à Assembleia da
República a defesa das funções sociais do Estado consagradas na Constituição da República.