I SÉRIE — NÚMERO 41
28
Vozes do PSD: — Muito bem!
Protestos do PCP.
A Sr.ª Secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade: — E mais: em relação a esta
matéria em concreto e ao membro do Governo em concreto de que estamos a falar, que é o Sr. Secretário de
Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações, se há coisa que o PCP não pode dizer é que não
teve oportunidade de debater com ele. E continuará a ter as vezes que quiser!
O Sr. Bruno Dias (PCP): — E daí?
A Sr.ª Secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade: — Até porque, dada a
obsessão do PCP pelos CTT, já tiveram lugar, neste Plenário e em comissão, mais de 10 debates com este
membro do Governo.
O Sr. Bruno Dias (PCP): — E agora foge do Plenário?!
A Sr.ª Secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade: — E continuarão a ter lugar
os que o PCP quiser, mas com o Governo a gerir o seu tempo como entender e não como o Sr. Deputado
Bruno Dias entende.
Aplausos do PSD.
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Vou dar a palavra ao Sr. Deputado Luís Montenegro, que a
solicitou, mas não vou permitir que se prolongue mais este incidente.
O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Com certeza, Sr. Presidente.
Queria apenas deixar claro, mais uma vez, que estamos a falar do cumprimento do Regimento da
Assembleia da República, não podemos estar a falar de outra coisa.
O artigo 192.º, n.º 2, do Regimento, relativo à apreciação de decretos-leis na generalidade, diz o seguinte:
«O debate é aberto por um dos autores do requerimento, tendo o Governo direito a intervir.»
O Sr. Luís Menezes (PSD): — Direito!
O Sr. Luís Montenegro (PSD): — É, pois, isso que compete ao Governo: é estar presente e exercer ou
não o seu direito de intervir.
Risos do Deputado do PCP Bruno Dias.
Ora, o que sucedeu foi uma coisa muito simples: efetivamente, o debate foi aberto, como prevê o
Regimento, mas não teve continuidade, não houve debate, porque os senhores não quiseram intervir.
Protestos do PCP.
O Sr. Bruno Dias (PCP): — Nós?! Nós fizemos a nossa intervenção.
O Sr. Luís Montenegro (PSD): — E porque os senhores não intervieram…
Vozes do PCP: — Nós interviemos!
O Sr. Luís Montenegro (PSD): — … é que o Governo também não interveio.