I SÉRIE — NÚMERO 55
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Cabe também, em paralelo, por isso, acompanhar a evolução do processo tanto em Angola, como em
Moçambique, outros grandes países falantes da nossa língua comum onde o Acordo não foi ainda objeto de
ratificação.
Simultaneamente, também creio que devem ser escutadas e objeto de mais séria ponderação as
persistentes críticas que, em Portugal, se têm ouvido a alguns aspetos do Acordo, a fim de o melhorar e
aumentar a sua aceitação. Os trabalhos de elaboração dos vocabulários poderiam ser a sede e o quadro para
essa maior abertura, assim superando, ao menos para a variante europeia da nossa língua, os problemas que
vários especialistas vêm suscitando.
Por isso, votei a favor do projeto de resolução n.º 890/XII (3.ª), de que eu próprio havia sido um dos
proponentes. O seu texto inicial, esclareça-se, veio a ser objeto de alterações, por forma a assegurar a maioria
indispensável a que obtivesse vencimento, como viria a acontecer. Foram eliminados do texto inicial do projeto
de resolução os aspetos que outros consideraram demasiado «intrusivos» na liberdade de decisão do
Governo quanto ao mandato e prazo do grupo de trabalho que haverá de formar.
Congratulo-me com a aprovação conseguida e reafirmo a esperança na constituição do grupo e no seu
trabalho profícuo.
Quanto aos projetos de resolução n.os
965/XII (3.ª) (PCP) e 966/XII (3.ª) (BE), votei contra, uma vez que
não sustento uma linha de ruptura com o Acordo Ortográfico. Apenas votei favoravelmente o ponto 1 deste
último, que se limitava a reafirmar a responsabilidade do Governo.
O Deputado do CDS-Partido Popular, José Ribeiro e Castro.
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Nota: As declarações de voto anunciadas pelos Deputados Raúl de Almeida (CDS-PP), Nuno Reis (PSD),
Nuno Magalhães (CDS-PP) e Michael Seufert (CDS-PP) não foram entregues no prazo previsto no n.º 3 do
artigo 87.º do Regimento da Assembleia da República.
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Presenças e faltas dos Deputados à reunião plenária.
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