I SÉRIE — NÚMERO 57
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A Sr.ª Presidente: — Conclui-se aqui a declaração política do PS.
A próxima declaração política é do CDS-PP.
Tem a palavra o Sr. Deputado Hélder Amaral.
O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados: O esforço que os portugueses
têm feito para superar as enormes dificuldades que enfrentamos tem sido alvo de vários reconhecimentos e
até de elogios por parte de países, entidades e personalidades. É o caso dos Estados Unidos, da OCDE, da
Comissão Europeia, da Moody’s, do Financial Times, do banco alemão Commerzbank, do Banco Europeu
para a Reconstrução e o Desenvolvimento e do Presidente do Eurogrupo.
Mas quem elogia o esforço dos portugueses não está errado, quem está errado é precisamente quem, por
razões políticas, não o quer reconhecer.
Para esta recuperação gradual, que é cada vez mais uma certeza, tem contribuído, com especial vigor, um
setor, e quero falar-vos desse setor, que é o do turismo.
Em 2013, o turismo conseguiu ser o maior setor exportador português e tem sido aquele que mais
contribuiu para o saldo positivo da balança comercial.
O turismo representa hoje qualquer coisa como 10% do total da riqueza produzida em Portugal, 8% do total
do emprego na economia e 14% das exportações totais de bens.
Entre março e dezembro, foram criados, em Portugal, 128 000 postos de trabalho em termos líquidos e,
desses 128 000, mais de 25 000 respeitam a postos de trabalho criados por este setor. Ou seja, cerca de 20%
do emprego líquido criado ao longo dos últimos nove meses foram criados no turismo.
Recorrendo a dados do Instituto Nacional de Estatística e do Turismo de Portugal, é possível concluir que,
em 2013, o saldo da balança turística conseguiu crescer 8,3%, tendo existido um aumento tanto das receitas
quanto das despesas do turismo.
Uma análise mais detalhada permite concluir que os proveitos globais da hotelaria cresceram 5,4% (101,1
milhões de euros de proveitos adicionais). Para além disso, o total das dormidas cresceu 5,2% (2,1 milhões de
dormidas adicionais), tendo existido um aumento de 8% nas dormidas de estrangeiros.
Em termos de número de hóspedes, é de registar que existiu um aumento de 4,2% face ao ano anterior,
tendo crescido 8,3% o número de hóspedes residentes no estrangeiro. A propósito do número de hóspedes
residentes no estrangeiro no ano de 2013, gostava de salientar os seguintes números: Reino Unido, 7,4%;
Alemanha, 12%; Espanha, 3,6%; França, 12,4%; Holanda, 6,8%; Brasil, 7%; Irlanda, 10%; e Estados Unidos,
11%.
Sr.ª Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados: No mesmo ano, atingimos um recorde no número de hóspedes, de
dormidas, de receitas da conta satélite do turismo, de saldo positivo da balança e dos proveitos globais do
alojamento. O ano de 2013 foi, por isso, de recordes! Dado o momento difícil que vivemos, estes resultados
são, em tudo, históricos e são um sinal de esperança para todos os portugueses.
Aplausos do CDS-PP e do PSD.
Não negamos que a chamada «Primavera Árabe» teve, seguramente, impacto positivo no turismo de
Portugal. No entanto, é também de salientar que o nosso turismo se encontra em concorrência direta com
outros destinos que também beneficiaram com a «Primavera Árabe».
O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — Bem lembrado!
O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Por isso, a «Primavera Árabe» não explica a razão de estarmos a
crescer mais do que a Espanha e acima da Europa Mediterrânica.
Não nos podemos esquecer que o nosso País tem clima, tem luz, tem história, tem tradição, tem cultura,
tem mar, tem hospitalidade, tem gastronomia. É único e diferente dos demais! Diria mesmo que, a par do
nosso país irmão, é «abençoado por Deus e bonito por natureza».
Vozes do CDS-PP: — Muito bem!