I SÉRIE — NÚMERO 73
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O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Sr. Presidente, peço-lhe a mesma tolerância que usou para com
outros Deputados.
Como estava a dizer, com esta maioria, o desemprego subiu entre 2012 e 2014, mas o que os Srs.
Deputados do Partido Socialista esquecem é que, mesmo sem o Memorando, durante o tempo em que
governaram, entre 2008 e 2011, o desemprego subiu 5,5%, ou seja, quase o dobro do que subiu com o
Memorando de Entendimento.
A segunda desmistificação é a de que os Srs. Deputados do Partido Socialista querem o aumento do
salário mínimo já e agora. Isso demonstra, desde logo, o respeito — ou a falta dele — que têm pela
concertação social.
O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Peço-lhe que conclua, Sr. Deputado.
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): Termino, Sr. Presidente, dizendo o seguinte: era bom que se tivessem
lembrado disso quando os Srs. Deputados Vieira da Silva e Pedro Silva Pereira e o Eng.º José Sócrates foram
a Bruxelas, ao Parlamento Europeu, negociar o Memorando de Entendimento, colocando Portugal na situação
de humilhação de, mesmo que todos estejamos de acordo, termos, em primeiro lugar, de pedir autorização à
troica. Isso vai acabar no dia 17 de maio, mas não é devido ao Partido Socialista, é devido a esta maioria.
Aplausos do CDS-PP e do PSD.
O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Clara
Marques Mendes.
A Sr.ª Clara Marques Mendes (PSD): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as
e Srs.
Deputados: O tema que estamos a abordar, a pobreza e as desigualdades sociais, é muito sensível e
preocupa-nos muito. Tem merecido, por parte do Governo e desta bancada, uma preocupação constante na
tomada de decisões e na atuação ao longo dos tempos e passa das meras palavras da oposição.
Senão, vejamos: este Governo criou e pôs em execução um plano de emergência social já aqui falado.
Mais de 1200 milhões de euros foram afetos a este programa, que tem a preocupação muito específica de
chegar àqueles que mais precisam. A este respeito, devo dizer que chegou a ser confrangedor a atuação do
Partido Socialista quando se falava da execução destas medidas. Enquanto o Partido Socialista falava em
números, este Governo e esta maioria estavam preocupados com as pessoas!
A Sr.ª Maria das Mercês Soares (PS): — Muito bem!
A Sr.ª Clara Marques Mendes (PSD): — Enquanto o Partido Socialista discutia estatísticas, esta maioria e
este Governo executavam medidas para as pessoas. É aqui que nos distinguimos: enquanto uns falam, outros
falam e trabalham para as pessoas.
Vozes do PSD: — Muito bem!
A Sr.ª Clara Marques Mendes (PSD): — Gostaria de dar um outro exemplo. O Partido Socialista tem
revelado muita preocupação pelas instituições sociais, no entanto, quando assinou o Memorando de
Entendimento, não acautelou devidamente a situação da fiscalidade destas instituições.
O Sr. Luís Montenegro (PSD): — É verdade!
O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Bem lembrado!
A Sr.ª Clara Marques Mendes (PSD): — Foi uma opção deste Governo que veio garantir a isenção de IRC
a estas instituições sociais, tendo ainda garantido o reembolso de 50% do IVA no caso de haver obras
efetuadas.