12 DE ABRIL DE 2014
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Sr.as
e Srs. Deputados, não basta reconhecer com palavras que damos importância às instituições, há que
criar as condições para que continuem a trabalhar no terreno, de forma a combater os problemas, como os da
pobreza e da desigualdade social.
É importante lembrar mais medidas, porque a sensibilidade deste Governo para este problema existe. Mais
uma vez, vejamos: foi este Governo que veio majorar o subsídio de desemprego para casais desempregados
com filhos a cargo; foi este Governo que descongelou as pensões mais baixas — foram congeladas pelo
anterior Governo; e foi este Governo que veio criar novos contratos, locais de desenvolvimento social
destinados, especificamente, para situações de desemprego e de pobreza.
Sr.as
e Srs. Deputados, é ou não verdade que estas medidas são direcionadas para as pessoas de modo a
ajudá-las a combater estes problemas que sabemos que existem? É que há muito a fazer!
O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Muito bem!
A Sr.ª Clara Marques Mendes (PSD): — Mas, Srs. Deputados, não podemos esconder a realidade que
tínhamos há três anos: não havia dinheiro para nada, nem para pagar salários, nem para pagar pensões.
A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — Isso é mentira!
O Sr. João Oliveira (PCP): — Que aldrabice!
A Sr.ª Clara Marques Mendes (PSD): — Não se pode esconder que foi por fruto de erros do Governo
socialista que chegámos onde chegámos. Tivemos de pedir ajuda à troica e, em consequência, houve
contrapartidas.
Não podem esconder — dirijo-me diretamente ao Partido Socialista —, por taticismo eleitoral, que há,
realmente, neste momento, sinais positivos, designadamente o aumento líquido de emprego, que vai criar
melhores condições para as pessoas, aumentar os seus rendimentos e assim contribuir para combater este
problema.
Srs. Deputados, deixem de ter na agenda política as eleições e passem a pensar nas pessoas!
Vozes do PSD: — Muito bem!
A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — Olhe-se ao espelho!
A Sr.ª Clara Marques Mendes (PSD): — Srs. Deputados, expliquem aos portugueses — é uma questão de
seriedade — que o Memorando de Entendimento que assinaram com a troica, a quem pediram dinheiro
emprestado, exigia condições muito difíceis para os portugueses.
Srs. Deputados, digam se sabiam ou não que essas medidas iriam ter consequências ou então expliquem
aos portugueses que a intenção era não cumprir esse acordo.
O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Esgotou o seu tempo, Sr.ª Deputada. Peço-lhe que conclua.
A Sr.ª Clara Marques Mendes (PSD): — Vou concluir, Sr. Presidente.
Sr.as
e Srs. Deputados, mesmo para terminar, falo de um assunto muito sério: houve um problema criado
por um Governo socialista e há, neste momento, um Governo PSD/CDS que está a criar as soluções. Por uma
questão de seriedade e de sensibilidade, os Srs. Deputados deveriam participar no encontro de soluções.
Aplausos do PSD.
O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Srs. Deputados, terminado o debate, passamos ao período de
encerramento.
Pelo partido interpelante, o PS, tem a palavra a Sr.ª Deputada Maria de Belém Roseira.