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6 DE JUNHO DE 2014

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O Sr. Luís Menezes (PSD): — E foi ele que a suspendeu!

O Sr. Nuno Encarnação (PSD): — … e, de repente, esta obra teve o que todos sabemos.

O Sr. Luís Menezes (PSD): — Deixou a conta por pagar

O Sr. Nuno Encarnação (PSD): — Este Governo, mais uma vez, está a resolver um problema que os

senhores deixaram,…

O Sr. Luís Menezes (PSD): — Muito bem!

O Sr. Nuno Encarnação (PSD): — e vai concluir a obra. Disso pode ter a certeza. Vai concluir a obra! Não

é a todo o custo, Sr. Deputado. Não diga que a culpa é nossa, que os encargos adicionais são nossos, porque

não é verdade.

O Sr. Luís Menezes (PSD): — Não é verdade! Nós resolvemos!

O Sr. Nuno Encarnação (PSD): — Nós recebemos a obra parada, com os problemas que o Sr. Deputado

sabe.

Protestos do Deputado do PS Renato Sampaio.

Mas, Sr. Deputado, essa pergunta, mais uma vez lhe digo, deve fazê-la ao seu colega do lado, o grande

campeão das PPP neste País.

Aplausos do PSD.

A Sr.ª Presidente: — A próxima intervenção é do Bloco de Esquerda.

Tem a palavra a Sr.ª Deputada Mariana Mortágua.

A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Há duas questões que importa

discutir e refletir neste debate.

A primeira é sobre o conteúdo da proposta: a reflexão que fazemos do modelo PPP como forma de

investimento público no País.

A segunda diz respeito à forma como as bancadas do PSD e do CDS escolheram apresentar esta

proposta.

Relativamente à reflexão que fazemos sobre o modelo PPP em Portugal, é única: é um desastre!

Era um desastre em 1995, no Governo de Cavaco Silva; foi um desastre em 1999; foi um desastre durante

a década de 2000, nos Governos PS; é um desastre hoje e vai ser um desastre no futuro.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Muito bem!

A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — É um desastre!

Todos os governos, todas as maiorias parlamentares, todos os ministros das finanças e todos os ministros

da economia prometeram que não. Diziam: «O meu Governo é sério; a minha PPP vai ser melhor do que a

PPP do meu antecessor»! Mas nunca foi. Foi sempre um desastre!

Portanto, não estamos a tratar de um problema que é bom genericamente e que é mau, às vezes. É

sempre mau! É sempre um desastre!

É um desastre, porque não depende apenas da competência nem da transparência de quem o faz, embora

isso tenha importância, mas é o próprio modelo que está errado. Isto porque o modelo passa por entregar

serviços públicos, ou infraestruturas públicas, a privados. E os privados, para se sentirem interessados no