I SÉRIE — NÚMERO 96
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como tema central, os contratos emprego-inserção e a segunda para dizer que este é um programa que vigora
praticamente desde a adesão de Portugal à União Europeia, com diversos nomes, como programas
ocupacionais,…
A Sr.ª Mariana Aiveca (BE): — Não, não! Não é a mesma coisa!
O Sr. Secretário de Estado do Emprego: — … para pessoas carenciadas ou para pessoas subsidiadas.
O Sr. Jorge Paulo Oliveira (PSD): — É verdade!
Protestos do BE.
O Sr. Secretário de Estado do Emprego: — Tenho comigo os dados que evidenciam, por exemplo, que,
no final de dezembro de 2003, estavam envolvidas cerca de 3600 pessoas, entre entidades públicas e escolas
secundárias, que, em 2009, estavam envolvidas 6000 pessoas ou que, em 2012, as pessoas envolvidas eram
5000.
A Sr.ª Mariana Aiveca (BE): — E agora são 50 000!
O Sr. Secretário de Estado do Emprego: — É de uma realidade estrutural que estamos a falar, é de
política ativa de emprego, à qual já foi aqui salientado o mérito que teve na integração social, pessoal e
profissional de muitos portugueses, que reconheceram inegável mérito a esta medida.
Para que não restem dúvidas, queria referir que há duas formas de ver esta questão: ou através do número
de pessoas que estiveram abrangidas pela medida, ou através daquelas que estão num determinado
momento.
O que hoje aqui foi dito — e os números são estes — foi que, durante o ano de 2013, estiveram envolvidas
nesta medida cerca de 64 000 pessoas, das quais cerca de 13 900 em entidades públicas. O Sr. Secretário de
Estado da Administração Pública referiu a prudência na gestão desta matéria precisamente por no ano anterior
terem estado 15 274 pessoas. Mas, se o critério não for o do período de abrangência, se for o da fotografia a
31 de dezembro, nesta altura, estavam 27 000 pessoas inseridas nesta medida, das quais 4891 em entidades
públicas; acompanhando o raciocínio do meu Colega Secretário de Estado da Administração Pública, um ano
antes estavam 5868.
Portanto, este é, efetivamente, o caminho da prudência e da gestão que o Governo tem prosseguido. É um
Governo que se preocupa em resolver os problemas das pessoas e não, naturalmente, com festas ou com
foguetórios.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
Por isso, é muito evidente, nos primeiros meses do ano foi possível o Governo envolver, em medidas que
integram a Garantia Jovem, cerca de 76 000 jovens, e não quero referir os 28 000 que estiveram em estágios
profissionais com a elevada empregabilidade, que aqui já foi referida.
Quero enfatizar que foi através destas ações que foi possível colocar no mercado de trabalho esses jovens,
passando a ser contribuintes do sistema da segurança social cerca de 13 000 jovens, e com que cerca de
8600 jovens adultos frequentassem ações de educação e informação de dupla certificação, colmatando
lacunas que no devido tempo não tinham podido fazer.
Gostava ainda de referir, relativamente a esta matéria, que, de facto, a medalha do desemprego não é uma
medalha deste Governo.
O Sr. João Oliveira (PCP): — Que ideia!…
O Sr. Secretário de Estado do Emprego: — Não foi este Governo que prometeu criar 150 000 postos de
trabalho e não foi este Governo que, entre 2004 e 2011, elevou a taxa de desemprego em 5,6%.