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I SÉRIE — NÚMERO 102

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O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Bem lembrado!

O Sr. Vice-Primeiro-Ministro: — Alguém pode honestamente dizer que tudo fica na mesma?

Por fim, o terceiro exemplo: pretende o Governo fazer uma recuperação de, pelo menos, 20% ao ano dos

salários da Administração Pública, face ao valor dos cortes sofridos desde 2010.

Pretende, ainda, evitar a perpetuação dos congelamentos de carreiras que, no limite, exasperaria o mérito

e empobreceria a Administração.

É um caminho gradual mas seguro, num domínio em que nem o líder socialista, em dia mais criativo, se

propusera repor tudo de uma vez só. Alguém pode, então, afirmar que tudo ficará igual?

O Sr. Filipe Lobo d'Ávila (CDS-PP): — Bem lembrado!

O Sr. Vice-Primeiro-Ministro: — Diz o nosso povo que «mais vale um pássaro na mão do que dois a

voar». Esse é exatamente o princípio que se aplica à negociação do salário mínimo nacional, à proposta de

recuperação substancial do valor das pensões e ao diploma de recuperação progressiva dos salários da

Administração Pública.

Corrigem-se injustiças, desde logo, nos que têm menos; melhoram-se claramente os rendimentos dos

pensionistas, dando-lhes um quadro de referência previsível, estável e certo; progride-se numa Administração

Pública que tem menos dimensão mas que pode, e deve, ser mais bem paga. É razoável,…

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Vai cortar novamente!

O Sr. Vice-Primeiro-Ministro: — … e o razoável, depois de tanta exceção, é verdadeiramente um ganho.

Temos esperança de que estas medidas não gerem controvérsia, porque fazem bem a muita gente.

Sr. Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: «Quando a pátria que temos não a temos» — assim, desta forma

ampla, exata e, sobretudo, bonita, se referiu Sophia, noutras circunstâncias, ao valor que no fim do dia nos

unirá a todos.

Portugal, essa história inesperada e esse projeto inacabado só pode ser cumprido em liberdade se nenhum

de nós renunciar à ideia de justiça. Creio, sinceramente, que não há tempo a perder.

Aplausos do PSD e do CDS-PP, de pé.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Srs. Deputados, terminámos os nossos trabalhos de hoje.

Voltaremos a reunir-nos na próxima terça-feira, dia 8, pelas 10 horas. A agenda do dia não está ainda

definitivamente fixada, aguardando-se a entrada de uma proposta de lei urgente do Governo, pelo que será

divulgada pelos canais parlamentares de informação adequados.

Srs. Deputados, está encerrada a sessão.

Eram 18 horas e 22 minutos.

Presenças e faltas dos Deputados à reunião plenária.

A DIVISÃO DE REDAÇÃO E APOIO AUDIOVISUAL.