I SÉRIE — NÚMERO 13
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É para este contrato de futuro e de esperança, para uma alternativa ao vosso fracasso, que o PS convoca
os portugueses e, para isso, todos os que queiram participar nesse debate vêm por bem.
Aplausos do PS.
A Sr.ª Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Vera Rodrigues.
A Sr.ª Vera Rodrigues (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Srs. Deputados: Antes de começar a minha
intervenção, não poderei deixar de relembrar ao Sr. Deputado Eduardo Cabrita que nesta dívida, que tanto
crítica, está o empréstimo da troica que o Partido Socialista pediu, que permite manter as nossas reservas de
segurança,…
Aplausos do CDS-PP e do PSD.
… está a dívida e estão as reservas de depósito que o Partido Socialista deixou vazias, a escassos meses
de deixarmos de poder pagar pensões e salários.
Sobre o projeto de resolução, apresentado pelo PCP, que hoje estamos a discutir, quero dizer que o que o
PCP nos propõe é um «número» sobejamente conhecido, como ficou aqui demonstrado. Porém, sempre com
consequências mal calculadas.
No PCP, toca a cassete da renegociação da dívida quer os juros baixem quer os juros subam; no PCP,
toca a cassete da reestruturação da dívida quer estejamos em assistência financeira quer tenhamos terminado
o programa e recuperado a nossa soberania;…
O Sr. Paulo Sá (PCP): — Recuperado?!…
A Sr.ª Vera Rodrigues (CDS-PP): — … no PCP, toca a cassete da saída do euro quer estejamos em
recessão económica quer estejamos em crescimento; no PCP, toca a cassete da saída do euro quer o
desemprego esteja a subir quer esteja a descer.
No final, ficam as parangonas do costume para os jornais e a utopia dos seus discursos: não pagar, não
cumprir!…
Protestos do PCP.
E desta vez, finalmente — porque não assumi-lo? —, fizeram um debate sobre a dívida o debate sobre a
saída do euro e a consequente nacionalização da banca. Quantos portugueses acreditam nisto? Quantos
portugueses o querem? Quantos portugueses se reveem nesta proposta do PCP?
Srs. Deputados, o caminho do radicalismo não tem lugar no CDS. Não exatamente por uma questão de
mera preferência, mas por uma questão ideológica, de racionalidade, de pragmatismo e de estabilidade em
relação ao futuro do País, que se quer estável no contexto da União Europeia, aberto ao exterior capaz de
captar investimento, capaz de ser competitivo, capaz de honrar os seus compromissos, capaz de garantir uma
democracia sólida e de futuro.
Ao contrário daquilo que o PCP aqui defende, Portugal não rasga contratos com os seus credores, pelo
contrário, Portugal é credível aos seus olhos.
Aplausos do CDS-PP e do PSD.
Protestos do PCP.
Portugal não vai deitar agora pela janela fora todos os esforços da difícil travessia que todos os
portugueses fizeram, pelo contrário, vai provar que valeu a pena.
Sr.ª Presidente, Srs. Deputados: A dívida pública que o PCP rejeita é nossa! É nossa e temos de a pagar
com os nossos impostos, a dívida boa e a dívida má, na linguagem do PCP, porque a dívida que o PCP aqui