26 DE NOVEMBRO DE 2014
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Relativamente à questão dos fundos, sejamos claros: foi o Governo anterior que repôs a isenção de IMI e
de IMT e foi este Governo que reduziu essa isenção para 50%.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
Protestos do PS, do PCP e do BE.
Foi este Governo que aumentou a tributação sobre os rendimentos prediais desses fundos e foi o Governo
anterior que isentou de IMI e de IMT esses fundos. O Governo anterior e a maioria socialista que assumam
essa responsabilidade!
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
O Sr. João Oliveira (PCP): — É uma vergonha!
O Sr. Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais: — Quanto à questão da sobretaxa, é engraçado que o
Bloco de Esquerda fale da sobretaxa e que se esqueça do crédito fiscal.
O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Já começa o espetáculo!
O Sr. Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais: — Crédito fiscal que foi introduzido por este Governo
e que representa um verdadeiro direito do contribuinte que permitirá um reembolso, total ou parcial, da
sobretaxa paga em 2015, sendo a primeira vez que se fixa um limite na lei, a partir do qual o excedente de
receita reverterá diretamente para o bolso dos contribuintes e não servirá para pagar despesa pública ou para
cobrir o défice orçamental.
Vozes do CDS-PP: — Muito bem!
O Sr. Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais: — Se o crédito fiscal estivesse em vigor em 2013, os
contribuintes teriam recebido o reembolso da totalidade da sobretaxa em 2014. O mesmo se passa
relativamente a 2015 e o Governo tudo fará para que isso seja possível em 2016.
O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Então, acabe com a sobretaxa para 2015!
O Sr. Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais: — Sr.as
e Srs. Deputados, ainda uma nota sobre a
reforma do IRC. Toda a gente já percebeu que o Governo cumpriu o acordo e que foi o Partido Socialista que
não o honrou. Isso, hoje, é claro para toda a gente!
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
Ainda ontem, a bancada do PS brandiu, com artigos de jornal, como se — pasme-se! — títulos de jornal
valessem mais do que acordos escritos. Não valem. O que vale são os acordos escritos previstos na lei, e
esses acordos são muito claros, Sr. Deputado. Esta postura só demonstra a má consciência do Partido
Socialista relativamente a esta matéria.
Mas, mais importante do que a violação do acordo, é o que esta decisão do Partido Socialista significa na
sua nova postura. Neste momento difícil que o País atravessa, o novo/velho PS fez as suas escolhas: em vez
de previsibilidade fiscal, o novo/velho PS escolheu a estabilidade.
Vozes do PS: — Ah!
O Sr. Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais: — Em vez de sentido de responsabilidade, o
novo/velho PS escolheu a demagogia populista.