I SÉRIE — NÚMERO 34
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No terceiro trimestre de 2014, o consumo privado cresceu 2,7% face ao período homólogo do ano anterior,
o volume de negócios do comércio a retalho cresceu 1,3%, o investimento cresceu 3,7%, comparativamente
com o período homólogo anterior.
As exportações de bens e serviços, Sr.ª Presidente e Srs. Deputados, cresceram 2,8% entre janeiro e
outubro de 2014, quando, já no ano anterior, tinham crescido 6,4%.
O saldo da balança corrente, incluindo bens, serviços e capital, foi de 3397 milhões de euros.
Os indicadores do turismo, que são francamente bons, são um excelente tónico para 2015.
Resumidamente, a economia portuguesa vem crescendo, o que não acontecia há muitos anos. Este
crescimento legitima, também, a utilização da palavra esperança.
Existem outros dados. A taxa de juro da dívida pública a 2 anos atingiu mínimos históricos, ou seja, a 22 de
dezembro do ano passado era de 0,43%; há um ano, era de 2,85%.
Em dezembro de 2014, as taxas de juro da dívida pública a 5 e a 10 anos eram, respetivamente, de 1,4% e
2,6%, quando, no final de 2013, eram de 4,8% e 6%.
Podemos, Sr.ª Presidente e Srs. Deputados, escalpelizar mais dados e mais indicadores e, se o fizermos,
encontraremos mais notícias positivas.
Temos, assim, motivos para dizer que, em 2015, de forma legítima, o Governo pode dizer aos portugueses
que é possível ter esperança num futuro melhor, que é possível tornar Portugal num País mais próspero, mais
justo, capaz de gerar mais oportunidades para todos, capaz, enfim, de assumir o lugar que merece entre as
grandes nações.
O mesmo não poderá fazer — utilizar com propriedade a palavra esperança — quem sempre se opôs a
todas as mudanças e a todas as tomadas de decisão políticas, quem desrespeitou os sacrifícios dos
portugueses com base na teoria do quanto pior melhor, quem empurrou Portugal para o abismo, quem nunca
quis consensos, quem nunca percebeu que a situação trágica a que chegámos em 2011 ficou a dever-se à
irresponsabilidade na tomada de decisão, ao populismo, à falta de capacidade para definir prioridades, quem,
em resumo, colocou sempre os seus interesses eleitorais à frente dos interesses das próximas gerações.
Em 2015, a palavra esperança será muito utilizada, mas os portugueses estarão atentos a quem, de facto,
tem maior propriedade para utilizá-la.
Sr.ª Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados: Desejando um bom ano a todos os Srs. Deputados, devo dizer que
também na Madeira se vive um momento de mudança política.
No final do primeiro trimestre deste ano, teremos eleições regionais.
Quero sublinhar que o ano começou com a aprovação de uma proposta do CDS-PP Madeira. Foi ontem
aprovada, na Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira, um boa proposta para o País, para a
cidadania e para a Madeira: acabou o aberrante financiamento dos partidos, na Madeira, à custa dos
contribuintes.
O CDS-PP Madeira, líder da oposição, tem sabido fazer oposição com responsabilidade e elevado valor
acrescentado.
Marcamos o ritmo das reformas com esta proposta, como fizemos com tantas outras.
Protestos do PS.
Abre-se agora um novo ciclo, na Madeira, e por isso há enormes desafios que temos de concretizar.
Os madeirenses são aqueles que mais impostos pagam em Portugal e, por isso, é legítimo e necessário
atenuar os seus efeitos. É necessário renegociar condições fiscais mais aceitáveis e mais ajustadas.
Por isso, desejamos uma normalização das relações institucionais com a República.
Em 2015, Sr.ª Presidente e Srs. Deputados, ouvir-se-á muito a palavra esperança. Lamentavelmente,
muitos daqueles que a utilizarão não o farão com total legitimidade.
O Governo pode, legitimamente, dar uso à palavra.
Na Madeira, o CDS-PP Madeira pode, e deve, assumir-se não como dono da palavra, porque de donos
está a Madeira farta, mas como efetivo portador de uma nova esperança.
Aplausos do CDS-PP.