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I SÉRIE — NÚMERO 37

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ou se, antes, são da responsabilidade da irresponsável governação socialista, que levou a que o País ficasse

à beira da bancarrota e que fez com que se tivesse de chamar a troica para tutelar a política portuguesa e a

governação de Portugal.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

É que cada vez mais temos de dizer isto às pessoas. Foram pedidos sacrifícios? Foram, mas a

responsabilidade desses sacrifícios não pode ser induzida diretamente a este Governo, mas antes a quem, de

uma forma irresponsável, governou Portugal e trouxe a troica para dentro do nosso País.

Passo a colocar uma segunda pergunta. Estamos a viver um momento de crescimento económico, depois

de anos de recessão — no ano passado, em 2014, a economia terá crescido cerca de 1% e este ano, as

previsões, quaisquer que sejam, dizem que vamos crescer mais do que em 2014 —, porque estamos a

conseguir a consolidação orçamental, porque a economia tem sinais claros de retoma, com as vendas de

retalho a subirem, com os juros a baterem mínimos históricos, desde que há contabilização no nosso País. Por

todos estes motivos, e quando temos sucesso na colocação de dívida, queria perguntar-lhe, Sr.ª Deputada, se

faria ou não sentido que estes resultados macroeconómicos fossem também percecionados pela população e

que, por isso mesmo, o Governo tomasse medidas que transmitissem as boas notícias aos cidadãos, sejam

elas o aumento do salário mínimo, o aumento das pensões mínimas, o fim da CES para a generalidade das

pensões, a devolução de 20% do rendimento retirado nos cortes salariais aos funcionários públicos e, claro, a

redução do IRS para as famílias.

Perante todas estas boas notícias, nós sentimos preocupação e azedume por parte da oposição e do PS. A

pergunta é, pois, muito clara: não significa isto preocupação por os portugueses sentirem que esta governação

deu resultados e que estes resultados são por eles percecionados com a melhoria das suas condições de

vida? É isto que preocupa a oposição, mas não é isto que nos preocupa, porque queremos o bem para

Portugal e para os portugueses.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra a Sr.ª Deputada Cecília Meireles para responder.

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, começar por agradecer, obviamente, as perguntas

que me foram colocadas.

Respondendo, em primeiro lugar, ao Sr. Deputado João Galamba, direi que tivemos aqui um momento que

eu diria — e digo isto numa versão de até quase amizade — que foi quase de cassete eleitoral, na sua versão

mais radical e que nos leva longe.

Percebo o calor do aproximar das eleições e que há várias fações no PS. E eu concordo sempre com

alguma, os senhores é que, aparentemente, não se conseguem entender e há sempre fações para todos os

gostos e feitios.

O Sr. João Paulo Correia (PS): — Mas está a falar de quê?!

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Eu gostaria de saber se essa versão mais radical do IRS, que

apresentou, é a versão oficial do PS, porque se nós dissermos que esta reforma é para aqueles que mais

posses têm e que quem paga IRS é uma minoria, porque a maioria dos portugueses não paga IRS, então isso

leva-nos longe. Então, aquilo que o PS está a dizer às pessoas é muito simples: que qualquer baixa do IRS,

seja ela qual for, prejudica quem menos tem, e isso quer dizer que o PS acha que nunca se deveria baixar o

IRS. Portanto, convém que decidam se querem mesmo levar essa versão radical até ao fim, porque, muito

francamente, dizer-se que uma baixa do IRS para quem tem filhos é privilegiar os mais ricos, porque os mais

pobres não pagam IRS é uma ideia de política fiscal que, mesmo para o PS, me parece um bocadinho radical

demais.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem!