17 DE JANEIRO DE 2015
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A Sr.ª Catarina Martins (BE): — Sr.ª Presidente, com a mesma tolerância dos outros, queria, muito
brevemente, dizer que esperava também um pedido de desculpas sobre a saúde.
Tivemos aqui o Sr. Ministro da Saúde a dizer que não faltavam médicos e que o problema era da oposição.
Mas, afinal, faltavam e o Sr. Ministro assinou, depois, um despacho para serem contratados médicos.
O problema é que o fez tarde demais. Talvez para o ano esse despacho tenha efeitos, mas agora deixou
pessoas «penduradas» nas urgências. Agora não respondeu pela saúde dos utentes. Agora não respondeu
pela vida das pessoas.
Sr. Primeiro-Ministro — e com isto concluo —, bem sei que têm tido a ideia de que podem fazer cortes e
que tudo correrá bem. No entanto, Sr. Primeiro-Ministro, como se pode ver na educação, na justiça, na
segurança social, na saúde, não se pode enganar toda a gente todo o tempo.
O que está a fazer, Sr. Primeiro-Ministro, destrói mesmo o País.
Aplausos do BE.
A Sr.ª Presidente: — Está encerrado o debate quinzenal com o Sr. Primeiro-Ministro.
Agradeço a presença do Sr. Primeiro-Ministro e dos Srs. Membros do Governo e desejo a todos um bom
trabalho.
Srs. Deputados, vamos prosseguir com as votações regimentais.
Antes de mais, peço aos serviços para acionarem o sistema eletrónico para que os Srs. Deputados se
registem.
Pausa.
Os Srs. Deputados que, por qualquer razão, não o puderem fazer, terão de o sinalizar à Mesa e depois
fazer o registo presencial, para que seja considerada a respetiva presença na reunião.
Pausa.
Srs. Deputados, o quadro eletrónico regista 205 Deputados presentes, a que acrescem 1 Deputado de Os
Verdes, 3 Deputados do PS e 1 Deputado do PSD que não conseguiram registar-se, perfazendo um total de
210 Deputados presentes. Temos, portanto, quórum de deliberação.
Vamos iniciar as votações, começando pelo voto n.º 244/XII (4.ª) — De pesar pela morte de Joaquim José
Louro Pereira (PSD).
Peço à Sr.ª Secretária, Deputada Maria Paula Cardoso, o favor de proceder à leitura do voto.
A Sr.ª Secretária (Maria Paula Cardoso): — Sr.ª Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados, o voto é do seguinte
teor:
«No passado dia 31 de dezembro, com 62 anos, faleceu Joaquim José Louro Pereira, vítima de doença
grave e prolongada, deixando esposa e dois filhos.
Tendo nascido em 23 de abril de 1952, na localidade de Amiais de Cima, na freguesia da Abrã, no
concelho de Santarém, a sua vida foi marcada por um significativo espírito empresarial e por uma muito
apurada consciência social.
O seu universo empresarial, iniciado em 1980, através da «JJ Louro Pereira, SA», desenvolveu e
diversificou uma intensa atividade, ao longo de mais de três décadas, internacionalizando-se e levando o
«Grupo Louro» que inclui mais seis empresas a investir em Portugal, sobretudo no distrito de Santarém, onde
emprega cerca de 1000 trabalhadores, mas também no estrangeiro, tornando-se numa importante unidade
industrial com vocação exportadora.
Não tendo tido oportunidade de desenvolver a escolaridade, Joaquim José Pereira Louro, desde cedo
desenvolveu uma profunda consciência social e cívica, preocupando-se com o bem-estar dos trabalhadores e
colaboradores das suas empresas, mas também com todos os cidadãos da sua comunidade de uma forma
geral.