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I SÉRIE — NÚMERO 51

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Mas, aquilo que lhe posso dizer é que, nos últimos anos, nomeadamente no ano de 2014, um dos setores

mais dinâmicos a criar emprego — tem muito a ver, seguramente, com o turismo — foi a área da restauração,

nomeadamente nos centros mais virados para o turismo.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Ora!…

O Sr. Ministro da Economia: — Há uma criação líquida positiva e não uma destruição de emprego,

porque, fundamentalmente, estes setores dependem muito da atividade económica e, nomeadamente, do

desenvolvimento do turismo, que, como sabem, tem tido uma evolução excecional.

Também queria dizer à Sr.a Deputada Mariana Mortágua — e não vou criticá-la pelo facto de, neste

momento, não estar sentada —…

Risos.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Era o que faltava!…

Vozes do BE: — Também está de pé!

O Sr. Ministro da Economia: — Eu também não estou sentado, estou em pé para poder responder à Sr.a

Deputada.

Risos.

Mas também lhe queria dizer que o saldo comercial, em 2008/2009, foi negativo em 14 000 milhões de

euros e era composto, independentemente dos gráficos que a Sr.a Deputada apresenta e que não se

conseguem perceber aqui, na bancada do Governo…

Vozes do BE: — Ah!…

O Sr. Ministro da Economia: — Repare: o valor das exportações era de 57 000 milhões de euros, o das

importações era de cerca de 70 000 milhões de euros; tivemos um défice comercial de 14, 15, 16 000 milhões

de euros naqueles anos. Agora, as importações mantêm-se nos 70 000 milhões de euros; as exportações

cresceram para mais de 70 000 milhões de euros. Mas a Sr.a Deputada Mariana Mortágua, consegue o

milagre — é verdadeiramente um milagre, esse, sim, económico — de apresentar um gráfico que dá as

importações a descerem e as exportações a descerem ainda mais! Foi isso que percebi dos seus gráficos.

Ó Sr.a Deputada, se os seus gráficos tivessem alguma aderência à realidade, pelo menos neste caso —

não tive tempo de verificar os outros —, o que demonstravam era o seguinte: uma estagnação das

importações nos últimos quatro anos, com momentos em que desceram e em que depois subiram, e um

crescimento das exportações de quase 30%. Era isso que o seu gráfico devia mostrar aos portugueses e não

essas curvas cobertas de pessimismo, que não têm, neste caso específico — posso garantir-lho, porque tenho

aqui os números à minha frente —, nada a ver com a realidade!

Também lhe queria dizer que, como é conhecido, o Governo tem apostado, nomeadamente nesta segunda

fase do ciclo da Legislatura, numa estratégia económica assente em três motores: o motor do consumo

privado, que é um motor importante e que, felizmente, começou a evoluir bem em 2013, no segundo semestre;

em 2014, muito consequência — e isto a Sr.a Deputada não pode negar, porque são dados do INE — de

termos atingido um nível de confiança nos consumidores que está no seu melhor ponto desde maio de 2002; e

um indicador de confiança dos agentes económicos, que é positivo desde junho de 2014 e que está nos seus

pontos máximos, nos últimos quatro meses, desde maio de 2008.

A confiança é um elemento fundamental do funcionamento de qualquer economia! É essa confiança que

temos procurado alimentar, estando ao lado das empresas, apoiando as empresas, sendo parceiro das

empresas. E, se me permite, creio que a oposição não tem ajudado, com estes discursos fatalistas, que, ainda

por cima, estão distorcidos relativamente à realidade.