2 DE ABRIL DE 2015
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Aplausos do PSD e do CDS-PP.
A Sr.ª Presidente: — Para formular perguntas, tem a palavra o Sr. Deputado Luís Montenegro.
O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, sendo este um debate sobre
atualidade política também, há um facto que não deve estar ausente.
Houve eleições no passado domingo para a Assembleia Legislativa Regional da Madeira e esta é, pois,
uma ocasião para podermos cumprimentar o povo madeirense que expressou de forma livre, democrática e
categórica a sua vontade política.
Aproveito para cumprimentar, também, todos os candidatos e, em particular, o candidato vencedor, o Dr.
Miguel Albuquerque, e também aqueles que vão cessar funções, em especial o atual Presidente do Governo
Regional da Madeira, Dr. Alberto João Jardim, e o Sr. Primeiro-Ministro, que é também o Presidente do PSD,
pela vitória expressiva que o PSD obteve nessas eleições.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
Sabemos que foram eleições regionais, mas há alguns sinais que são inequívocos. Há, pelo menos, dois.
O primeiro é que na Madeira, como no País, o motor da mudança, da transformação, do progresso e,
sobretudo, da esperança é o PSD.
O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Muito bem!
O Sr. João Oliveira (PCP): — Entrem as trombetas!
O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Por outro lado, há um outro sinal político que é relevante: o Partido
Socialista, a sua estratégia política e programática, que teve, de resto, a bênção do atual Secretário-Geral, Dr.
António Costa, transmitiu ao eleitorado desesperança, taticismo e irresponsabilidade.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
Estes sinais são políticos, mas não foram decretados pelos partidos, foram decretados pelo povo que,
como disse há pouco, exprimiu a sua vontade de forma livre e democrática e disse bem de que lado é que
está a esperança e de que lado é que está a desesperança.
Por falar em esperança, Sr. Primeiro-Ministro, já aqui temos debatido em muitas ocasiões o realismo de
uns e o pretenso irrealismo de outros, o otimismo de uns e o pessimismo de outros, o acerto de uns e o
falhanço de outros no que concerne às previsões e às projeções macroeconómicas.
Ora, o Sr. Primeiro-Ministro já aqui referiu, e eu queria voltar a esse tema, que, nas últimas semanas,
Banco de Portugal, Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia, Banco Central Europeu, hoje mesmo
a OCDE, agências de rating e até o Conselho de Finanças Públicas, todos convergiram num sentido:
aproximaram-se, e muitos mesmo superaram, aquelas que eram as projeções desta maioria e do Governo. A
isto juntaram-se níveis históricos de confiança quer de consumidores, quer de empresários.
Este é, pois, um debate para perguntarmos: e a oposição? A oposição já reviu as suas projeções? A
oposição que, no debate do Orçamento do Estado para 2015, disse que ele era irrealista, irrealizável!
Sendo hoje o primeiro dia do resto da vida do Dr. António Costa como Secretário-Geral do Partido
Socialista e, queria também dizer-lhe, o primeiro dia de muitos anos de oposição, é, pois, o dia para lhe
perguntarmos: qual é a projeção do Dr. António Costa relativamente ao desempenho da nossa economia?
Vai continuar a dizer, como dizia o Deputado Ferro Rodrigues nos debates anteriores: «Ouçam a troica,
ouçam o Fundo Monetário Internacional! Até eles desconfiam daquilo que são os objetivos do Governo!»?
O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — É verdade! Está escrito!