I SÉRIE — NÚMERO 74
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Mas, mais importante do que isso é que, no caso dos técnicos da segurança social, que, muitas vezes,
estão alocados poucas horas a essas comissões, houve efetivamente um reforço desse número de horas.
Houve mais 1287 horas em relação ao que acontecia em 2011.
É importante referir que a revisão dos critérios foi exatamente para poder dar maior proteção muito
especialmente nas CPCJ que têm mais processos e que, muitas vezes, estão nas áreas mais críticas e mais
difíceis.
Srs. Deputados, queremos ir mais longe, nesta matéria, e é por isso que queremos estabelecer protocolos
com IPSS para poder reforçar as CPCJ que têm uma maior de carga processual com mais técnicos com uma
especialidade muito importante que é a ligação à comunidade.
A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Afinal percebi bem!
O Sr. Ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social: — É muito importante também
relembrar, porque, como é óbvio, não podemos deixar passar em claro afirmações que foram feitas aqui, que
no processo de requalificação que aconteceu no Instituto da Segurança Social só 14 técnicos de CPCJ é que
foram atingidos por este mesmo processo.
Mas o que é fundamental referir é que todos eles foram substituídos por pessoas da área social, da área da
psicologia, o que, efetivamente, garante a multidisciplinaridade destes mesmos processos.
O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — Muito bem!
O Sr. JoãoPauloPedrosa (PS): — É só conversa!
O Sr. Ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social: — E esse ponto, para nós é
fundamental.
A Sr.ª Rita Rato (PCP): — São estagiários!
O Sr. Ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social: — Mas, queremos ir mais longe, não
estamos contentes com tudo o que aconteceu e com o reforço que já fizemos. Queremos poder reforçar essa
resposta em duas áreas distintas e foi por isso que começámos a trabalhar — não foi ontem, mas há mais de
um ano — com a Comissão Europeia para a alocação de fundos comunitários que tradicionalmente não eram
aproveitados nesta área, para podermos ter respostas específicas que nos permitam trabalhar não só a
qualificação dentro das próprias CPCJ…
A Sr.ª Idália Salvador Serrão (PS): — E quando acabarem os fundos?
O Sr. Ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social: — … mas também conseguirmos ter um
conjunto de matérias que têm a ver com a capacidade preventiva, ou seja, a capacidade de podermos
prevenir, do ponto de vista das famílias, muitos dos problemas que vamos tendo.
A Sr.ª Idália Salvador Serrão (PS): — E quando acabarem os fundos, Sr. Ministro?
O Sr. Ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social: — É por isso que queremos reforçar a
rede dos CAFAP e é por isso que temos vindo a reforçar o que existe do ponto de vista da intervenção
precoce, nomeadamente o SNIPI.
Assim, queremos reforçar a intervenção precoce quer, por um lado, pelo aconselhamento familiar dos
CAFAP, quer, por outro lado, pela intervenção através do SNIPI, conseguindo ter, por exemplo, no SNIPI,
entre 2012 e 2014, um reforço de 5000 famílias, que passaram a ter uma resposta que não tinham no passado
e, verdade seja dita, pela primeira vez temos uma resposta nacional nesta área. É também muito importante
reforçar a própria rede dos centros de aconselhamento parental de forma a podermos acolher mais 3132
famílias em 13 novos contratos que vamos celebrar até ao final deste mês.