I SÉRIE — NÚMERO 89
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Aplausos do PS.
O Sr. Presidente (Miranda Calha): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Amadeu Soares
Albergaria.
O Sr. Amadeu Soares Albergaria (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as
Deputadas, Srs. Deputados: Começo por
cumprimentar os autores desta petição e os grupos parlamentares que apresentam projetos de resolução que
pretendem atender às reivindicações dos peticionários.
O Grupo Parlamentar do PSD, de uma forma muito clara e frontal, quer afirmar, uma vez mais, que
discorda desta petição da FENPROF.
Esta descentralização de competências não é uma municipalização da educação. Na verdade, as escolas
não são integradas nas câmaras municipais, as escolas continuam a ser unidades do Ministério da Educação,
com órgãos e competências próprias.
Não é um processo feito em absoluto secretismo, nunca o poderia ser, e afirmá-lo é desconhecer o
funcionamento do poder local. O Governo, os municípios e a comunidade educativa mantiveram e mantêm um
profundo diálogo e vários têm sido os encontros, as sessões e as conferências realizadas nas comunidades
abrangidas.
Ao contrário do que é afirmado na petição, não há alterações à gestão do corpo docente. Os professores
mantêm o vínculo ao Ministério e a gestão nos órgãos da escola.
O Sr. João Oliveira (PCP): — Claro! E depois vão para a mobilidade também!
O Sr. Amadeu Soares Albergaria (PSD): — A afetação de pessoal docente nas escolas continua da
exclusiva responsabilidade dos agrupamentos de escolas e não há qualquer perda de competências dos
agrupamentos e respetivos órgãos no domínio da gestão curricular e pedagógica.
Os peticionários reclamam, por fim, a abertura de um debate público, que, como já tivemos ocasião de
afirmar, sempre aconteceu, continua a acontecer e, seguramente, continuará a verificar-se, até porque os
projetos-piloto serão monitorizados e avaliados.
O projeto de resolução do Partido Comunista, o do Partido Ecologista «Os Verdes» e o do Bloco de
Esquerda partem da mesma narrativa dos peticionários e enfermam dos mesmos erros. Não podemos, pois,
concordar com eles.
O PCP insiste em que este é mais um estratagema para a futura privatização da escola pública — está
errado!
Protestos do PCP.
A delegação de competências é entre entidades públicas e não é permitida qualquer subdelegação de
competências a privados. Insiste, ainda, que é feito contra a vontade da comunidade escolar e das autarquias
— o Partido Comunista Português está, uma vez mais, errado.
O Sr. João Oliveira (PCP): — Diga lá a palavra, Sr. Deputado! Cascais!
O Sr. Amadeu Soares Albergaria (PSD): — Este projeto de descentralização de competências é proposto
e não é imposto, não é imposto às escolas, não é imposto às autarquias.
A Sr.ª Carla Cruz (PCP): — Chantagem!
O Sr. Amadeu Soares Albergaria (PSD): — O Partido Ecologista «Os Verdes» insiste no já contrariado
argumento do secretismo e preocupa-se com a negociação separada dos contratos e com as diferentes
matrizes de responsabilidade.
Recordamos que este é um projeto-piloto, desenvolvido em concelhos com diferentes dimensões,
diferentes densidades populacionais, diferentes problemas, com diferentes nacionalidades políticas e que, por