15 DE JUNHO DE 2015
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O Sr. Nuno Filipe Matias (PSD): — Sr.ª Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as
e Srs. Deputados: A
privatização da TAP foi um verdadeiro sucesso. Um sucesso porque garante um futuro de investimento e
crescimento para uma empresa que diz muito a todos nós. Um sucesso porque continuará a ser uma
companhia que é uma imagem de Portugal no Mundo. Um sucesso porque assim se concretiza a única forma
de defender a empresa para que ela cresça, investa e continue a criar valor.
Alguns arautos da desgraça elevam a voz e falam em crime. Importa perguntar se não haveria crime se se
deixasse definhar a companhia que tem capitais próprios negativos, um elevado passivo, uma tesouraria
asfixiada que gera prejuízos astronómicos.
Haveria maior crime do que optar por uma solução de intervenção pública que custaria ainda mais dinheiro
a todos os contribuintes e que conduziria a uma reestruturação que levaria a despedimentos, venda de
aeronaves e redução de rotas?
Outros houve ainda que falaram em pouca vergonha e em ter-se vendido por uma bagatela. Haverá maior
pouca vergonha do que, usando de desonestidade, dizer que o Grupo TAP foi privatizado por 10 milhões
quando todos sabemos que a venda de 61% do seu capital foi feito por 354 milhões de euros,…
O Sr. Paulo Campos (PS): — É falso!
O Sr. Nuno Filipe Matias (PSD): — … a que se acresce o assumir da dívida e do passivo de mais de 1000
milhões de euros e o investimento em mais 53 aeronaves?
Estamos, isso, sim, a falar de um esforço financeiro sem paralelo numa companhia, registe-se, que foi
avaliada de forma independente como tendo um valor negativo, registe-se, de pelo menos 274 milhões de
euros.
Também aqui a privatização foi um sucesso: os portugueses deixarão de ter às suas costas um passivo e
uma dívida de mais de 1000 milhões de euros.
A TAP ganha músculo financeiro e um plano de desenvolvimento estratégico e, ainda por cima — até para
dar resposta a alguma preocupação de alguma oposição —, o consórcio vencedor tem como principal
investidor um empresário português que já afirmou que vai investir numa TAP que cresça e em Portugal.
O Sr. Bruno Dias (PCP): — Há sempre alguém que abra a porta!
O Sr. Nuno Filipe Matias (PSD): — Por tudo isto, foi um sucesso e abre-se um tempo novo e de
esperança.
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP):— Isto é política patriótica!
O Sr. Bruno Dias (PCP): — O capitalismo português é muito bom. Ala daqui para fora!
O Sr. Nuno Filipe Matias (PSD): — Também neste tempo é importante perceber o que é que a oposição
defende.
O PS, na sua visão irresponsável, rasga o que defendeu e assinou. Esquece-se que, enquanto Governo,
nunca concretizou uma solução diferente e defende, por exemplo, a companhia SAS Scandinavian Airlines,
esquecendo-se de dizer que a sua reestruturação levou a que houvesse 2000 despedimentos de
trabalhadores.
Mais: afirma agora que, caso seja Governo, quer reverter este processo. O que é que iria acontecer? Mais
despedimentos, venda de aeronaves, redução de rotas. Nós não queremos isso.
O Sr. Bruno Dias (PCP): — Vejam a CIMPOR e a PT! Perguntem ao Totta!
O Sr. Nuno Filipe Matias (PSD): — Mas mais: os portugueses vão aprendendo que o PS do Dr. António
Costa continua fantasioso, com graves problemas com a verdade, despesista, de promessa fácil, mas com a
fatura para pagar a quem, porventura, viesse a seguir.
Já o PCP anuncia como solução alternativa o que se passou, por exemplo, na Polónia.