26 DE JUNHO DE 2015
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Evidentemente, este Governo e esta maioria estão preocupados, em primeiro lugar, com o desemprego,
que conseguimos reduzir de 18% para 13%, que ainda é muito alto e, em segundo lugar, com a precariedade.
A Sr.ª Hortense Martins (PS): — E não tiveram nada a ver com isso!?
O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — Em resposta a isso, ao invés do «faz e faríamos e aconteceria se lá
estivéssemos», mas nunca fizeram nem nunca aconteceu, ao invés de classificar como precariedade tudo o
que não é vínculo permanente ao Estado para a vida inteira, que é o que os partidos da esquerda mais à
esquerda fazem, tomamos medidas efetivas para combater o desemprego e a precariedade. Vou só dizer aqui
algumas e não é preciso muito mais para desmontar este discurso demagógico.
O Sr. João Oliveira (PCP): — Mostre lá o relatório que o seu Governo não quer dar!
O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — Só face ao primeiro trimestre de 2013, foram criados mais 123 000 postos
de trabalho.
A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Onde?!
O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — A população empregada a tempo completo aumentou, desde essa data até
agora, em 170 000 pessoas; em 2014, o emprego com contrato de trabalho sem termo — estável e não
precário, portanto — aumentou mais de 180 000 postos de trabalho e o número de trabalhadores com contrato
a termo aumentou em 64 000. Ou seja, criaram-se mais 220 000 novos postos de trabalho, dos quais dois
terços foram contratos de trabalho sem termo, sem o tal rótulo da precariedade que os senhores costumam
pôr aos contratos a termo.
Por cada emprego criado suportado por contratos a termo foram criados três empregos baseados em
relações permanentes de trabalho. O subemprego de trabalhadores a tempo parcial, o número de pessoas
que trabalhando a tempo parcial gostariam de trabalhar a tempo completo diminuiu significativamente e a
população que mais oportunidades foi encontrando foi aquela com nível superior e com ensino secundário e
pós-secundário, o que mostra uma aposta da economia na qualificação e no conhecimento, que recompensa
os que se esforçam por ter estas habilitações.
Mas mais de 114 000 portugueses foram abrangidos por estágios, nos últimos dois anos, e destes —
pasme-se, e ao contrário do que consta destas iniciativas —, cerca de 70% foram integrados no mercado de
trabalho, seja na empresa onde estagiaram, seja noutra, ao fim de seis meses. Uns são integrados logo após
o estágio, outros nos meses seguintes.
O Sr. João Oliveira (PCP): — Mostre lá o relatório!
A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Onde?!
O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — E isso é atestado e confirmado através das contribuições para a segurança
social, porque fica registado que, acabados os estágios, estão empregados e a fazer contribuições e
descontos.
O Sr. João Oliveira (PCP): — Diga-nos lá onde! Já pedimos ao Governo e não nos deram resposta!
O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — Mas também se regista que os beneficiários das medidas de estímulos, em
2014, foram mais de 35 000 e que, na sua maioria, acabaram por ver celebrados contratos sem termo. Mais
concretamente, destes 35 000, 52% celebrou contratos sem termo e 48% celebrou um contrato a termo.
O Sr. João Oliveira (PCP): — Mostrem! Isso só de boca não dá!